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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SÃO PAULO GANHA O JOGO, MAS INTER VAI À DECISÃO DA LIBERTADORES E AO MUNDIAL

ROGÉRIO CENI, CAPITÃO DO TRICOLOR E UM DOS JOGADORES QUE MAIS MOTIVOU O TIME DURANTE A SEMANA, DEIXOU O GRAMADO DO MORUMBI CHORANDO

Frustração, lamentações e busca por respostas para mais uma eliminação na Libertadores da América, a quinta seguida para clubes brasileiros. Assim foi a saída dos jogadores do São Paulo após o jogo desta quinta-feira, contra o Internacional.

Já a torcida do São Paulo, que incentivou a equipe do começo ao fim do jogo, protestou timidamente após a eliminação. Ricardo Gomes foi o principal alvo dos são-paulinos. No entanto, o presidente Juvenal Juvêncio elogiou a postura da equipe na partida. Disse que podiam se sentir de cabeça erguida apesar da eliminação.


PRIMEIRA PARTIDA FOI DETERMINANTE PARA A ELIMINAÇÃO DO TRICOLOR

É comum ouvir dizer que quando chega o mata-mata de algum campeonato, a decisão é uma partida de 180 minutos. Desta vez, o São Paulo não levou isso à risca e jogou apenas a metade do tempo.
A eliminação se concretizou ontem, mas deu início na semana passada, no Beira Rio. Jogo em que o time paulista se omitiu, jogando de forma defensiva, perdendo por 1 a 0 e ao final alguns jogadores ainda diziam que o resultado não era de todo ruim. Nesta noite, porém, foi provado o contrário.

UMA LEITURA INTERESSANTE DO JOGO

Diferentemente da primeira partida, no Morumbi deu gosto de ver a semifinal da Libertadores. Os dois times atacaram, criaram chances e fizeram um espetáculo digno do tamanho de Tricolor e Colorado.
Dessa vez o São Paulo atacou. Empurrado por sua torcida e pela necessidade de dois gols para sonhar com a final, os donos da casa não pouparam esforços para levar perigo ao Inter.
Era possível ter a certeza de que ao menos a postura do Tricolor seria digna.
Rogério Ceni puxou a fila dos são-paulinos na subida ao gramado como se fosse um touro bravo, decidido a derrubar o peão.

Mesmo com meio de campo inteligente do Inter, o São Paulo pressionava, na base do coração e da intença participação de Fernandão e Dagoberto. O gol veio numa grotesca falha de Renan, não disperdiçada por Alex Silva: 1 a 0.

Sem ligar para as sonoras vaias dos tricolores, o Inter exerceu uma forte marcação sobre o São Paulo. Mas os paulistas ignoraram. Como se estivessem jogando a vida, os atletas dividiam cada bola como se fosse a última. Bem diferente do jogo anterior. Mas, a vibração das arquibancadas foi freada pelo desvio do livre Alecsandro para o gol de Rogério: 1 a 1!

Quem pensou que o São Paulo sentiria o gol de empate se enganou: dois minutos depois, após lançamento de Jean para a área, Renan saiu de soco, e na sobra, Cleber Santana dividiu e colocou Ricardo Oliveira na cara do gol. E ele foi matador: 2 a 1.

Fim de jogo. Já?

Sim. Depois disso foi só coração, desespero, expulsão de Tinga e até Rogério Ceni na área adversária para tentar o gol salvador... que não aconteceu!

Ao menos a torcida reconheceu a vontade tricolor com aplausos. Mas o Morumbi foi mesmo dos colorados no fim do jogo.


MAIS UMA VEZ, O INTER VAI PARA O MUNDIAL EM CIMA DO SÃO PAULO

ABU DHABI É LOGO ALI

Torcedores do Inter podem dizer, de peito cheio, que Abu Dhabi, é logo ali. Afinal, o time gaúcho assegurou vaga no Mundial de Clubes de 2010 e vai lutar pelo bi do planeta. Mesmo perdendo por 2 a 1 para o guerreiro (e aplaudido) São Paulo, no Morumbi, o Colorado, que venceu a primeira partida, no Beira-Rio, por 1 a 0, vai ao torneio porque na final da Libertadores vai encarar o mexicano Chivas.


Alecsandro, de calcanhar, fez o gol que classificou o Inter

    
Jogadores comemoram a classificação com a torcida

Decisão da Libertadores começa no próximo dia 11 de agosto, contra o Chivas Guadalajara, no México; jogo de volta é no dia 18, no Beira-Rio