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sexta-feira, 13 de maio de 2011

DIRETORIA ADIA SAÍDA DE CARPEGIANI ATÉ ACERTAR COM UM NOVO COMANDANTE

Cúpula usa o fim de semana para estudar nomes e aguardar resultados de estaduais. Tudo para não deixar o Tricolor sem a figura de um técnico

Paulo Cesar Carpegiani no jogo do São Paulo contra o Santos (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Paulo Cesar Carpegiani fica pelo menos até segunda

(Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)

A diretoria do São Paulo já definiu que Paulo César Carpegiani não é o nome ideal para seguir no comando da equipe na sequência desta temporada. Mas resolveu manter o técnico no cargo por mais alguns dias. Nesta sexta-feira, a permanência do treinador causou dúvida na cúpula tricolor, que segurou Carpa pelo menos até a reapresentação do grupo, na próxima segunda-feira, às 15h30.

Ao meio-dia, no momento do desembarque da delegação de Florianópolis, após a derrota por 3 a 1 para o Avaí, que culminou na eliminação da Copa do Brasil, os dirigentes estavam convictos de que sua situação estava insustentável. Juvenal Juvêncio fez duras críticas ao desempenho da equipe na Ressacada e disse que a continuidade da convivência de Carpegiani com Rivaldo era uma coisa "muito difícil de acontecer".

- Não posso ser cínico. Houve uma discussão pública do técnico com o atleta e a convivência dos dois ficou mais complicada. A direção vai resolver isso com atitude, como sempre fez - disse Juvenal Juvêncio, em Congonhas.

Após o almoço, a diretoria tricolor reuniu-se no Centro de Treinamento do clube, na Barra Funda, para analisar as possibilidades de troca de comando. Por enquanto, sem um nome forte em mente, os dirigentes preferem não oficializar a saída de Paulo César Carpegiani para não deixar o cargo vazio, como ocorreu no ano passado, após a saída de Ricardo Gomes.

O ideal na cabeça da cúpula é ter o anúncio de um novo técnico logo após a saída de Carpa. Com Muricy foi assim: ele foi oficialmente demitido no mesmo dia em que anunciaram a contratação de Ricardo Gomes, em 2009.

- Posso dizer que o clube não trocou de técnico, ele é o treinador, mas em função do resultado, claro que a diretoria avalia e faz isso permanentemente - explicou João Paulo de Jesus Lopes, em entrevista à rádio Globo.

Colocar um técnico "tampão", como foi Sérgio Baresi em 2010, não está mais na pauta tricolor. A diretoria quer acertar com um nome de peso para dirigir a equipe nas duas competições que ainda terá nesta temporada (Brasileirão e Copa Sul-Americana).

No encontro, o presidente Juvenal Juvêncio, o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, decidiram que vão esperar a última rodada dos campeonatos estaduais, neste fim de semana, para saber se algum novo nome pode aparecer no mercado. Enquanto isso, Carpegiani está em Camboriú, no litoral catarinense, descansando. Quando ele retornar ao clube, na segunda-feira, enfrentará uma reunião com os dirigentes.

Cuca, do Cruzeiro, e Dorival Júnior, do Atlético-MG, foram opções que entraram na conversa desta sexta, mas sem grande interesse. O primeiro possui muita restrição no clube, por causa dos seus nove meses de Tricolor em 2004 sem grandes resultados. O segundo tem contrato com o Galo, e o São Paulo não está disposto a pagar nenhum valor pela multa, além do bom relacionamento de Juvenal Juvêncio com Alexandre Kalil, mandatário principal do alvinegro de Minas.

Como sempre Paulo Autuori, campeão mundial no Tricolor em 2005, foi citado em um momento de apuro. Já havia sido assim depois da saída de Ricardo Gomes, há um ano, mas o contrato por mais uma temporada com o Al-Rayyan, do Qatar, inviabilizam o interesse em um primeiro momento.

O fim de semana vai ser de análise por parte da diretoria do São Paulo. Com o elenco de folga até segunda, o objetivo é definir um nome e a partir dele traçar um novo planejamento para o semestre que está por vir. Do contrário, a equipe vai continuar no "quase", como nos últimos dois anos e meio.

TETRACAMPEÃO MÜLLER VIVE DE FAVOR COM EX-COMPANHEIRO

Müller foi campeão mundial pelo São Paulo em duas oportunidades

Foto: Getty Images

Bicampeão mundial pelo São Paulo no início da década de 1990, o ex-atacante Müller, campeão da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira, vive longe dos dias de glória alcançados com a tradicional camisa tricolor. Longe dos gramados, o antigo atleta vive um drama e convive com o ostracismo, fruto do desemprego e da falta de recursos. Em entrevista à TV Record, que será exibida no sábado, às 10h (de Brasília), no programa Esporte Fantástico, ele contou as dificuldades enfrentadas atualmente.

Afastado dos holofotes da fama futebolística e sem emprego atualmente, o tetracampeão mundial está vivendo de favor na casa do ex-companheiro de São Paulo Pavão. Apesar de ter disputado três Copas do Mundo e ser reconhecido por craques como Zidane, o antigo atleta do São Paulo procura retomar a vida e ganhar dinheiro com a carreira de treinador - o último trabalho como comandante foi no Imbituba, de Santa

ANTES DE SER DEMITIDO, CARPEGIANI DEIXOU CLARO: OU ELE OU RIVALDO!

Meia chegou transtornado no vestiário e chegou a chutar uma mesa de vidro. Treinador ainda não foi informado da dispensa

Foto AE

Paulo César Carpegiani ainda não foi informado da sua demissão do comando do São Paulo. Apesar disso, o treinador, que está em Camboriú, Santa Catarina, com amigos, está preparado para receber a notícia de que não vai seguir no clube.

Carpegiani nem sequer dormiu em Florianópolis. Depois de sair da Ressacada, só passou no hotel para pegar alguns pertences e deixou a delegação. Antes de sair, conversou com o presidente Juvenal Juvêncio, que ainda não tinha tomado decisão sobre o futuro do técnico.

Carpa deixou bem claro qual era sua posição: se fosse continuar, Rivaldo estaria fora dos planos e nem se reapresentaria com o grupo na segunda-feira. A relação entre os dois estrapolou os limites.

No vestiário, segundo apurou a reportagem do LANCENET!, depois de dar fortes declarações na saída do gramado, o meia entrou transtornado no local. Esbravejando, chutou uma mesa de vidro e jogou alimentos para o chão. Isso antes de Carpegiani conceder entrevista coletiva. Os dois não trocaram nem mais olhares depois do ocorrido.

Reunidos no Morumbi, a diretoria vai ligar para o treinador para comunicar sua demissão. Além de Carpegiani, Rodrigo Carpegiani (auxiliar técnico), Hamilton Tavares (fisiologista) e Riva Carli (preparador físico) também vão deixar o clube.

RIVALDO DISPARA CONTRA CARPEGIANI E FALA EM HUMILHAÇÃO E VERGONHA

A queda para o Avaí nas quartas de final da Copa do Brasil deixou Rivaldo furioso

O pentacampeão Rivaldo não poupou críticas ao time do São Paulo na noite desta quinta-feira. Depois da derrota por 3 a 1 para o Avaí, no Estádio da Ressacada, que culminou na eliminação do clube paulista da Copa do Brasil, o meia-atacante classificou o revés como "vergonha" e não escondeu a mágoa por ter sido preterido pelo técnico Paulo César Carpegiani em Santa Catarina.

"Vergonha ser eliminado assim. Em um clube como o São Paulo, com todo o respeito ao Avaí, não se pode perder assim. Agora é levantar a cabeça. Nunca vi uma oportunidade tão fácil como essa para nos classificarmos", disparou Rivaldo, ainda no gramado da Ressacada, antes de manifestar a insatisfação com a atual situação no clube.

"Com todo respeito aos jogadores, eu poderia ajudar fazendo um passe, um gol. Estou triste, triste por essa situação. É uma vergonha não se classificar. Estou triste e magoado, pois gostaria de participar. Foi uma humilhação para nós da forma que perdemos", disse o pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002.

Desde que chegou ao São Paulo, Rivaldo não conseguiu conquistar um lugar cativo entre os titulares da equipe. Apesar de toda a repercussão da contratação, com direito à apresentação no CT de Cotia, o jogador segue como opção, sendo pouco utilizado por Paulo César Carpegiani neste primeiro semestre de 2011.

"Foi uma humilhação não ter entrado. Da minha pessoa, eu não precisava passar por isso, mas estou tão feliz com a torcida, que me empolga. Com todo respeito a quem entrou, tenho mais experiência. Estou no São Paulo para jogar, não para fazer número. Eu seria uma oportunidade boa, mas não entrei, fazer o quê?", desabafou Rivaldo.

Durante o confronto desta quinta-feira, Carpegiani realizou as três alterações, e mostrou arrependimento por uma delas. Na volta do intervalo, o treinador colocou Marlos, sacado minutos depois por Willian José. O comandante também apostou em Henrique, outro que não conseguiu superar o goleiro Renan.

Apesar de toda a insatisfação, Rivaldo descartou de imediato qualquer possibilidade de deixar o clube. "Vou trabalhar como sempre trabalhei. Não estou aqui só pelo currículo. Com todo respeito a Henrique e Willian, eu poderia ter ajudado. Pelo carinho que a torcida está me dando, vou continuar até dezembro", declarou o pentacampeão.

AVAÍ DERRUBA FAVORITISMO DO SÃO PAULO E ALCANÇA SEMIFINAL INÉDITA

O Avaí conseguiu reverter a vantagem são-paulina e avançar à semifinal da Copa do Brasil

Foto: Giuliano Gomes/Gazeta Press

O favoritismo são-paulino na Copa do Brasil teve fim na noite desta quarta-feira, em Florianópolis. No Estádio da Ressacada, o Avaí venceu a equipe de Paulo César Carpegiani pelo placar de 3 a 1 e obteve um lugar na semifinal do torneio nacional pela primeira vez na história. Aproveitando as falhas defensivas do adversário nas bolas paradas, William, Bruno e Marquinhos Gabriel anotaram para os catarinenses; Casemiro marcou o único tento paulista no encontro.

Em vantagem depois da vitória por 1 a 0 na primeira partida, o São Paulo apostou nos retornos de Fernandinho e Lucas para ameaçar o Avaí com base na velocidade da dupla. Dessa forma, o time paulista acabou recompensado logo aos 15min, quando Casemiro aproveitou a oitava assistência de Dagoberto na temporada para abrir o marcador e aumentar ainda mais a vantagem paulista.

Contudo, o São Paulo caiu de rendimento ao sofrer o empate logo em seguida, com William. Apresentando falhas no sistema defensivo em jogadas de bolas paradas, o clube comandado por Paulo César Carpegiani sofreu a virada aos 30min, quando o meio-campista Bruno, livre dentro da área, virou o marcador.

A necessidade da vitória por dois gols de diferença obrigou o Avaí a retornar do intervalo ainda mais ofensivo. E, apostando nas bolas aéreas, o clube catarinense conseguiu o placar necessário para a classificação logo aos 30seg de jogo. Marquinhos Gabriel aproveitou boa trama e tocou no canto esquerdo de Rogério Ceni para anotar o terceiro.

Pouco criativo e com sérios problemas de posicionamento no meio-campo e na defesa, o São Paulo tentou pressionar, mas não o suficiente para diminuir o marcador. Melhor para o Avaí, que segurou o resultado e obteve a inédita classificação às semifinais da Copa do Brasil.

O revés são-paulino interrompe uma sequência positiva do Estado de São Paulo na Copa do Brasil. Campeã das duas últimas edições com Corinthians, em 2009, e Santos, em 2010, a região não terá um representante na semifinal pela primeira vez desde a edição de 2007, quando Botafogo, Figueirense e Brasiliense acompanharam o campeão Fluminense entre os finalistas.

Na briga por um lugar na final, o Avaí enfrentará outro tradicional clube do Campeonato Brasileiro. Embalado, o time catarinense vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Vasco, que obteve um lugar entre os semifinalistas ao empatar por 1 a 1 com o Atlético Paranaense, em São Januário - no primeiro duelo, o time alvinegro empatara por 2 a 2 em Curitiba.