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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

90 MINUTOS PARA CONQUISTAR O MUNDO

SÃO PAULO E INTER APOSTAM EM SEUS GOLEADORES PARA CONSEGUIR UMA VAGA NA DECISÃO DA TAÇA LIBERTADORES

Ricardo Oliveira e Alecsandro

Uma partida que envolve despedidas, ameaça de demissão, vaga na final da Libertadores e lugar no Mundial de Clubes da Fifa em dezembro.
Um duelo de titãs. O jogo mais esperado do futebol brasileiro em 2010.
De um lado, um São Paulo sem brilho, apostando na mística da Libertadores, na força de sua torcida e no estádio do Morumbi. Do outro lado, um Internacional guerreiro, que usa a história como combustível e conta com a vantagem de jogar pelo empate já que venceu no Beira-Rio por 1 a 0, resultado que não refletiu o seu domínio em campo.

Nos noventa minutos em que a bola estiver rolando, além de uma vaga na decisão da competição mais importante das Américas, estará em jogo um lugar no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Para o Tricolor seguir adiante, necessita ganhar por dois gols de diferença ou então vencer por 1 a 0 e levar a decisão para os pênaltis. O Inter joga por três resultados: vitória, empate ou derrota por um gol de diferença.

EMOÇÕES NÃO VÃO FALTAR


Um grande jogo com grandes destaques. No meio-campo, o clássico terá um duelo particular. Hernanes e Sandro lutam para adiar a despedida de suas equipes. O primeiro já acertou tudo com o Lazio (ITA). O segundo foi contratado pelo Tottenham (ING). Como “prêmio de consolação”, quem for eliminado terá o prazer de participar do primeiro amistoso da era Mano Menezes na Seleção Brasileira.

TRICOLORES E COLORADOS ENTRARÃO EM CAMPO COM O QUE TEM DE MELHOR

O São Paulo, que ainda luta para se reencontrar após a Copa do Mundo, aposta em sua defesa que ainda não tomou gols no Morumbi pela Libertadores e no faro de gol de Ricardo Oliveira, que se juntará a Fernandão e Dagoberto, deixando o time mais ofensivo.

O Inter vive situação completamente oposta: a troca no comando técnico (saiu Jorge Fossatti e entrou Celso Roth) fez o time achar um padrão que até então não havia mostrado em 2010. Possui uma forma de jogar na qual adversário e local não importam, e uma arma poderosíssima no banco de reservas: o talismã Giuliano, que fez os gols da classificação do Inter para a semifinal e da vitória da última semana, em Porto Alegre. Para aumentar ainda mais o otimismo colorado, a partida marcará a reestreia do capitão Tinga, herói da conquista da Libertadores de 2006, justamente em cima do rival desta quinta-feira.

SÓ A VITÓRIA MANTERÁ RICARDO GOMES NO COMANDO DA EQUIPE DO SÃO PAULO


A partida irá decidir a vida do time e selará o destino do técnico Ricardo Gomes que, em caso de eliminação, será demitido pouco mais de um ano após ter assumido a equipe do Morumbi. Seu contrato termina após a participação tricolor na Libertadores e não há multa. Ele não fica em caso de insucesso em casa.

Uma certeza: para derrubar o Internacional, o time precisará ter uma atitude completamente diferente da mostrada no Beira-Rio, pois priorizou a defesa, jogou para empatar e acabou perdendo apenas por 1 a 0. Para Fernandão, a equipe saiu no lucro e tem totais condições de reverter a situação:

"Se olharmos o resultado, é possível dizer que não foi tão ruim para nós. Não fizemos uma grande partida, não tivemos a postura esperada. Se eu tivesse vencido no Morumbi por 1 a 0 e fosse decidir no Beira-Rio, estaria preocupado e se não acreditar que posso vencer dentro do Morumbi lotado, nem vou para o jogo. O Inter conseguiu uma vitória e tem a vantagem de poder empatar, mas eu acredito, confio no meu time e nos meus companheiros. Eu só peço aos torcedores que lotem o Morumbi!"

INTER PROMETE ATACAR O SÃO PAULO

O Inter tem o São Paulo como um exemplo a não ser seguido: promete não adotar o modelo de retranca colocado em prática pelo adversário no Beira-Rio, e a  ideia é atacar o Tricolor, mesmo ciente da pressão de um jogo no Morumbi. Celso Roth diz que está disposto a correr riscos na casa do oponente:

"O risco sempre faz parte do jogo. Risco não significa mudar jogadores. Posso ter a mudança de jogadores por uma situação ou outra, mas risco é ter atitude, jogar. Isso é algo que precisamos ter sempre. É um jogo. A gente não pode ser 100% seguro no jogo. Quem joga tem que tomar uma atitude de risco!"

Paulo César Tinga é a novidade no time vermelho. Muito valorizado, ele busca novas conquistas pelo Inter:

"Eu fico alegre com isso (reconhecimento no clube), mas não orgulhoso. Alegria é bom, mas orgulho atrapalha. Fico alegre, fico feliz, mas sei o que representa a minha volta, sei tudo que poderia acontecer de positivo e negativo. O fato de estar aqui, é porque me preparei muito, pensei muito. Só vim porque sei que estou em condições física, mental, técnica para poder no mínimo o jogador de outros tempos. Não caí aqui só pelo respeito de ter feito o quer fiz. Já passou. O que quero é coisas novas!"

PROVÁVEL ESCALAÇÃO

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Jean, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Cléber Santana e Hernanes; Fernandão; Dagoberto e Ricardo Oliveira
Técnico: Ricardo Gomes

INTERNACIONAL: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga, D'Alessandro e Taison; Alecsandro.
Técnico: Celso Roth

FONTE: Globoesporte.com

SANTOS LEVANTA CANECO INÉDITO

PEIXE LEVA VIRADA DE 2 X 1 DO VITÓRIA, FICA COM O TÍTULO INÉDITO DA COPA DO BRASIL E GARANTE SUA PARTICIPAÇÃO NA LIBERTADORES DE 2011

Edu Dracena comemora com André e Neymar.

Ano de Copa, em que não vimos uma Seleção Brasileira com cara de Brasil, mas na noite desta quarta-feira o Santos provou que é possível acreditar em renovação, acreditar nesses meninos da Vila: Ganso, Neymar, Robinho e cia. O Peixe confirmou essa tendência com o título da Copa do Brasil, inédito para o clube, que garante participação na Libertadores de 2011.
Antes da Copa do Mundo o Santos levou o título do Campeonato Paulista, mesmo perdendo para o Santo André na grande final, por 3 x 2. Nada que ofuscasse o brilho da conquista, pois os meninos davam show atrás de show. Desta vez, a taça foi levantada novamente com uma derrota por 2 x 1 para o Vitória, no Barradão, em Salvador.
O Santos começou a construir o caminho da glória na semana passada, ao vencer os primeiros 90 minutos por 2 a 0, na Vila Belmiro.

TÉCNICA E RAÇA

Três atacantes de um lado e três atacantes do outro. O resultado poderia ser um só: mais chances de gols. E assim foi. A iniciativa não poderia ser diferente, cabia mesmo ao Vitória, uma vez que estava em desvantagem ao perder na Vila, sofrendo gols de Neymar e Marquinhos.

Acostumado com o gramado do Barradão, ainda mais castigado por causa das chuvas, o time baiano chegou forte, com  Ramón surpreendendo o goleiro Rafael em cobrança de falta aos cinco min. Em seguida, foi a vez de Júnior cabecear rente à trave.

O jogo foi ficando intenso e o Vitória de certa forma assustava os santistas. Percebia-se pelo desespero em tirar a bola da defesa e nos seguidos erros de passe. O Peixe aos poucos foi concertando esse fundamento e começou a aparecer mais no ataque.

A primeira boa chance surgiu aos 29 min.: Ganso lançou para Robinho que dominou no peito, cortou e chutou cruzado. No minuto seguinte, novo passe de Ganso para Robinho, e a zaga rubro-negra tirou. O Vitória chegou a marcar, aos 32 min., mas Schwenck estava impedido.

Com técnica o Santos superou a raça dos baianos e abriu o marcador, e começou a comemorar o título. Aos 44 min., após cruzamento certeiro de Neymar do lado esquerdo, o zagueiro Edu Dracena subiu sozinho para cabecear e fazer o gol, sem chances para Viáfara.

Com o gol marcado por Dracena, o Vitória precisaria fazer quatro gols para ser campeão. Situação bastante complicada, mas costuma ser um time osso duro de roer como mandante.

O Vitória voltou para o segundo tempo abatido. A torcida era o reflexo do time em campo. Ou vice-versa. Mas Wallace deu um fio de esperança ao Leão: aos 12 min., depois de passe de Ramón, o zagueiro bateu de perna direita, sem chance para o goleiro Rafael: 1 a 1. Aos 17 min., Dorival Júnior colocou Marquinhos na vaga de André, que deu adeus ao Peixe - o atacante está acertado com o ucraniano Dínamo de Kiev.

Esperançoso, o Vitória seguiu no ataque, tentando de fora da área, pelos lados, pelo meio, por cima... Renato acertou a trave aos 25 min. Mas, foi Júnior que alimentou o sentimento de esperança no time: aos 32 min., após lindo passe de Neto Coruja, o atacante virou o placar.

Faltavam dois gols. Faltava tempo também. O Vitória foi guerreiro, mas não conseguiu tirar do Santos um título incontestável.

Meninos da COPA DO BRASIL

PARABÉNS SANTOS FUTEBOL CLUBE

FONTE: globoesporte.com