FINAL DA COPA DO BRASIL

SANTOS

O PEIXE SÓ PERDE O TÍTULO DA COPA DO BRASIL SE FOR DERROTADO POR TRÊS OU MAIS GOLS

Dorival já alertou seus jogadores para os perigos da final.

O Vitória precisa vencer o Santos por três gols de diferença, nesta quarta-feira, no Barradão, para ficar com o título da Copa do Brasil. É uma missão considerada difícil, pois a equipe baiana precisa de um resultado mais elástico porque perdeu o jogo de ida, quarta-feira passada, na Vila Belmiro, por 2 a 0.

Mas não se trata de uma façanha impossível: a última vez em que o Alvinegro Praiano perdeu por diferença superior a dois gols foi contra o próprio Vitória, no Barradão, dia 12 de junho de 2009, pelo Campeonato Brasileiro. A equipe baiana atropelou os santistas e venceu por 6 a 2. Vagner Mancini, que dirigia o Peixe na ocasião, foi demitido!

Desde que Dorival Júnior assumiu o comando do Santos, no fim do ano passado, a equipe disputou 48 jogos e perdeu apenas 11, somente três por diferença de dois gols.

Vantagem e retrospecto, porém, não sobem à cabeça do treinador, que pede muito cuidado a seus jogadores e calma à torcida: " Temos uma vantagem. Só isso. Não decide e nem garante nada. Vamos jogar mais 90 minutos dificílimos, contra uma equipe muito forte!"

O Santos fica com a taça mesmo perdendo por um gol, ou até por dois, desde que marque algum. Se o Vitória devolver os 2 a 0, a decisão vai para os pênaltis.

VITÓRIA

RICARDO SILVA FAZ TREINO FECHADO

Treinador não quer dar pistas a Dorival Júnior sobre a escalação do Vitória para o segundo jogo da final da Copa do Brasil

Ricardo Silva adotou a tática do mistério em véspera de um jogo decisivo: fechou parte do treino desta terça à imprensa, que só pôde acompanhar as movimentações finais das atividades, quando os jogadores apenas treinaram finalização. Fato este que causou estranhamento, pois o treinador sempre divulga a escalação de sua equipe durante as entrevistas coletivas. Mas ele mesmo se explicou:

"Eu quero pedir desculpas a vocês (jornalistas) por ter fechado o treino, mas é que ensaiamos algumas jogadas de bola parada e não é bom que o adversário saiba. Sobre a escalação, a única dúvida é no meio. Não sei se escalo Fernando, Renato ou Júnior. Nesse caso, Elkeson atuaria mais recuado."

O Vitória tem uma baixa certa para a partida: Vanderson, suspenso, dará lugar a Bida. A equipe rubro-negra precisa reverter a vantagem de 2 a 0 do Peixe, e para isso, o Leão precisa vencer por três gols de diferença. 2 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA

SÃO PAULO

SÓ RESTA JOGAR NO ATAQUE

Na manhã desta terça-feira, o São Paulo realizou um treino fechado no estádio do Morumbi, palco da partida da próxima quinta-feira, pela semifinal da Taça Libertadores da América, contra o Internacional.

Embora o técnico Ricardo Gomes não tenha divulgado a escalação, uma coisa é certa: o time entrará com três atacantes: Fernandão, Dagoberto e Ricardo Oliveira. Marlos ficará como opção entre os reservas. No coletivo realizado, Cléber Santana foi mantido entre os titulares, ao lado de Hernanes e Rodrigo Souto.

Portanto, o time que enfrentará o Internacional será escalado no esquema 4-3-1-2, com: Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Cléber Santana e Hernanes; Fernandão; Dagoberto e Ricardo Oliveira.

O São Paulo precisa vencer o Inter por dois ou mais gols de diferença para ficar com a vaga no tempo normal. Se obtiver vantagem de um, sofrendo gol no Morumbi, o Colorado avança. Se ganhar por 1 a 0, mesmo placar do jogo de ida, a decisão será decidida nas cobranças de pênaltis.

Ricardo Gomes disse que o time está preparado para a decisão: "O time está definido. Temos boas probabilidades de entrar com três atacantes. Fechamos o jogo no Beira-Rio desta forma, trabalhamos assim também contra o Ceará. E isso só é possível por causa do Ricardo Oliveira, que entrou muito bem no time. Ninguém esperava. E isso me obrigou a rever os planos!"

FERNANDÃO: "SÃO PAULO SAIU NO LUCRO!"

O atacante Fernandão afirmou que a derrota pelo placar mínimo pode até ser considerada como um bom resultado: "Se olharmos o resultado, é possível dizer que não foi de todo mau para nós. Não fizemos uma grande partida, não tivemos a postura esperada. Se eu tivesse vencido no Morumbi por 1 a 0 e fosse decidir no Beira-Rio, estaria preocupado. Certamente, não está definido. Pelo que apresentamos lá, 1 a 0 foi pouco, e agora temos a chance de inverter a vantagem deles!"

Campeão pela Libertadores e pelo Mundial em 2006, quando defendia o Internacional, Fernandão é um dos mais animados com o duelo da próxima quinta. Experiente, ele deixa claro que o Tricolor entrará com a postura de um time que quer brigar pelo quarto título sul-americano de sua história.

"Se eu não acreditar que posso vencer dentro do Morumbi lotado, nem vou para o jogo. O Inter conseguiu uma vitória e tem a vantagem de poder empatar, mas eu acredito, confio no meu time e nos meus companheiros. Eu só peço aos torcedores que lotem o Morumbi. Eu já joguei contra o São Paulo e sei como é difícil quando o torcedor apoia. Dentro de campo, faremos de tudo para passar confiança. A cada minuto, o torcedor estará conosco dentro do gramado!"

INTERNACIONAL

INTER VIAJA SEM SABER QUANDO VOLTA E IGNORA VANTAGEM CONQUISTADA

Nesta quarta-feira o Inter embarca para o jogo mais importante do ano, um dos mais importantes de sua vida centenária. E é uma viagem sem data de retorno. Tudo depende do que acontecerá no jogo contra o São Paulo, quinta-feira, no Morumbi. Se tudo der certo para eles, será mais de uma semana longe de Porto Alegre.

Depois do jogo contra o Tricolor, o Inter seguirá em São Paulo. No sábado, viajará para Santos, onde duela com o Peixe um dia depois, pelo Campeonato Brasileiro. Se o Colorado tiver avançado à final da Libertadores, terá reservas na Vila Belmiro, enquanto os titulares já treinam para a decisão. Neste caso, a delegação irá direto de lá para o Chile ou para o México, dependendo de quem for o adversário – Universidad de Chile ou Chivas.

Assim, o retorno a Porto Alegre aconteceria apenas na quinta-feira, um dia depois do primeiro jogo da final, oito dias após o embarque em Porto Alegre. Mas a diretoria não oficializa o planejamento. Diz que só falará sobre os planos para a final se passar pelo São Paulo. Não quer dar munição ao adversário.

GOLEIRO RENAN FAZ O JOGO DE SUA VIDA

Diz que o Inter precisa manter seu jeito de jogar no Morumbi.

Vantagem? Só se for lá pela meia-noite de quinta-feira. Enquanto não terminar o segundo duelo com o São Paulo, pelas semifinais da Libertadores da América, o Inter não quer saber desse papo de jogar com  vantagem conquistada no jogo de ida.

"Não pensamos em administrar nada. Com a experiência que esse grupo tem, de jogos decisivos, sabemos que a vantagem só é válida quando o juiz apita o final. Não é nosso pensamento. Temos que entrar em campo, sentir o jogo. A ideia é ir lá e fazer um grande jogo, como estamos fazendo desde a entrada do Celso (Roth), com muita concentração, procurando não levar gols!" - palavras do meia Tinga.

Renan acrescenta ainda: "Vamos ter que jogar o jogo. Não adianta se preocupar em só se defender. Não é nossa característica. Temos que saber usar a qualidade dos jogadores. Temos que ser inteligentes. Temos uma vantagem, mas podemos esquecer isso!"

O brasileiro que se der melhor na quinta-feira pegará Universidad de Chile ou Chivas, do México, na final da Libertadores.