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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SÃO PAULO ENCONTRA SOLUÇÃO CASEIRA


SÉRGIO BARESI NO COMANDO

Com seus principais alvos presos em contratos com altas multas rescisórias, a diretoria do São Paulo resolveu utilizar uma solução caseira e anunciou que Sergio Baresi, de 37 anos, que comandou a equipe que conquistou a Copa São Paulo de juniores no início do ano, vai assumir o comando do time profissional, em substituição a Ricardo Gomes. Ele será oficialmente apresentado na manhã desta terça-feira, no CT da Barra Funda.
Não há a certeza de quanto tempo Baresi ficará na função de treinador. A princípio, ele comandará o time enquanto a diretoria não contratar alguém com mais experiência.
"Entendemos que essa é a alternativa. Temos acompanhado o trabalho dele nas categorias de base. Queremos, com isso, prestigiar o trabalho que está sendo feito em Cotia." – afirma o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva.
A chegada de Baresi ao time profissional traz uma certeza: ao contrário do que aconteceu com Muricy Ramalho e Ricardo Gomes, os atletas revelados na base do São Paulo serão aproveitados no time profissional.

CALMA PARA ESCOLHER UM NOME

A decisão de efetivar Baresi mostra que o São Paulo quer um técnico consagrado para assumir a equipe. Só que as melhores opções não podem vir agora. Abel Braga, maior sonho do presidente Juvenal Juvêncio e que hoje está no Al-Jazira, tem multa estipulada em US$ 2 milhões (R$ 3,7 milhões). Paulo Autuori, que foi campeão sul-americano e mundial em 2005, hoje comanda o Al-Rayyan e, para sair, existe uma multa de US$ 1,5 milhão (R$ 2,6 milhões). Vanderlei Luxemburgo, que seria outra alternativa, também está preso ao contrato no Galo. Com isso, a diretoria vai esperar para dar o próximo passo.

PROCURA-SE UM TÉCNICO!!!

ABEL BRAGA
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, nunca escondeu de ninguém que gosta muito do trabalho de Abel Braga. Mas, apesar de a equipe estar sem treinador agora, é muito difícil que o ex-técnico do Inter venha para o Morumbi. Diretamente da Áustria, onde comanda a pré-temporada do Al-Jazira, dos Emirados Árabes, o técnico brasileiro disse que seu contrato possui uma multa muito alta e que seria complicado negociar isso agora.
Abel Braga, no entanto, reafirmou o desejo de voltar para o futebol brasileiro:
"Eu não vejo a hora de voltar. Se tiver de ficar aqui até maio, vou ficar e depois vou embora para o Brasil trabalhar. É impressionante como as coisas sempre acontecem nos momentos errados. Antes, havia a especulação em torno do Palmeiras, agora é do São Paulo. Mas uma hora isso vai acontecer."  – concluiu o treinador.
O vice-presidente de futebol do Tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, disse que o clube não pretende pagar multa para contratar seu novo treinador:
"Não é a maneira que imaginamos!"

                                             VANDERLEI LUXEMBURGO
O nome de Vanderlei Luxemburgo que antigamente era impensável no São Paulo, já não tem mais a mesma rejeição. Quem afirma isso é o próprio presidente do clube.
Juvenal Juvêncio é quem toma as decisões do Tricolor. Nesta segunda-feira, o mandatário foi questionado se Luxa nunca trabalharia no clube:
"Não é verdade, eu mesmo disse que ele duraria 15 minutos se fizesse o que faz em outros clubes. Se fizesse, mas se viesse amanhã, como tem juízo, então ele não faria. Temos de pensar mais, me ajudem!" - afirmou Juvenal deixando em aberto a possibilidade da chegada de Luxemburgo.
A diretoria do São Paulo não tem intenção de gastar dinheiro com multa rescisória, o que diminui as chances de Vanderlei, já que ele está trabalhando no Atlético-MG. Quanto a outros nomes, Juvenal se esquiva.
O presidente do Tricolor não quis responder sobre Sérgio Soares, Silas e Dunga:
"Não trato disso, se respondo sim ou não eu dou indicações. Não posso dar, até porque não tem, por isso não estou dando. Então é porque não tem. Estou pensando, mentalizando, trocando ideia. Todos que você citar, vou dar referências respeitosas, então não posso avançar!"


MILTON CRUZ
Apenas três dias após a eliminação para o Internacional na Libertadores, o São Paulo foi até Curitiba e empatou com o Atlético-PR. O resultado não foi o ideal pois o time ficou ainda mais distante da ponta da tabela.
E a equipe ainda teve boa oportunidade de vencer o jogo. Já que saiu na frente do marcador. O auxiliar-técnico Milton Cruz, interino na função de treinador, lamentou o placar, mas aposta na reação do time:
"Não é fácil sair de uma Libertadores na quinta-feira e depois jogar aqui contra o Atlético-PR. Conseguimos o empate, mas poderíamos ter vencido. A equipe está de parabéns. O caminho é por aí. O São Paulo está mostrando que vai reagir novamente. Vamos dar trabalho!"


                                                                                        SILAS
  A procura do São Paulo por um novo treinador poderia ter ganhado um forte candidato com a demissão de Silas, no último domingo, após a derrota do Grêmio para o Fluminense, por 2 a 1, no Estádio Olímpico. Mas o problema é que o nome não é unanimidade entre a cúpula tricolor. Acreditem: pesa contra o comandante o fato de ele ser evangélico. Por isso, ele privilegiaria alguns jogadores que seguem a mesma religião.
Como quer um treinador que seja bem relacionado com os atletas, a diretoria segue com um pé atrás para definí-lo como candidato.
"A demissão dele não significa absolutamente nada. Não discutimos este assunto, ainda. Vamos discutir a escolha de técnico como falamos durante esta semana, com tranquilidade!" – afirmou o vice de futebol.
Apesar de identificado com o clube, já que atuou no São Paulo na década de 80, Silas tem rejeições perante alguns membros da diretoria. O ex-gremista, ontem, logo após sua demissão, falou sobre a possibilidade de assumir o Tricolor:
"Disseram que eu já tinha me despedido dos jogadores, que o São Paulo havia me contratado. O clube paulista não me convidou, pois é um time que tem ética, assim como o Grêmio e eu. Seria uma covardia deixar o clube em uma hora dessas. Quem conviveu comigo nesses meses sabe quem eu sou. Fiquei esse tempo trabalhando para ser vitorioso!"
Sem tirar o nome de Silas da lista de pretendidos, o Sampa segue atrás de um treinador. Se ele for o escolhido, precisará de uma conversa para que a religião não prejudique o trabalho dele no Tricolor.

 
SÃO PAULO NÃO TEM PRESSA PARA DEFINIR O NOME DO SEU NOVO TREINADOR
O momento é complicado e por isso, é proibido errar. Dessa maneira, a diretoria do São Paulo resolveu adotar a calma para resolver quem será o seu novo treinador na seqüencia de temporada 2010. Durante a semana, novas reuniões de diretoria acontecerão para que se chegue a um nome de consenso.
Existem duas correntes dentro do clube: uma pede a contratação de um nome de impacto, capaz de dar um choque em alguns jogadores que, segundo os dirigentes, estariam acomodados. Nesse caso, surgem os nomes de Abel Braga, Paulo Autuori e Vanderlei Luxemburgo. O problema é que todos estão empregados e possuem multas rescisórias em seus contratos. E o Tricolor, a princípio, não aceitar pagar pela quebra do contrato.
Outro grupo, no entanto, quer uma escolha mais barata, de alguém promissor, capaz de produzir um trabalho a longo prazo e dar atenção aos jovens revelados no CT de Cotia. Para esse perfil, surgiram os nomes de Silas, Leonardo, Sérgio Soares.
"O presidente (Juvenal Juvêncio) vai decidir na hora certa, não há pressa alguma para resolver essa questão. Enquanto isso, o Milton vai levando com toda a competência. Ele conhece todo o elenco, sabe o que cada um pode ou não render." – afirmou o superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha.

FONTES: www.lancenet.com.br / globoesporte.com.br