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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

SANTOS JOGA 4,5 VEZES MENOS DO QUE SÃO PAULO PARA GANHAR OS MESMOS SEIS TÍTULOS

A oficialização da unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa – Taça de Prata com as conquistas do Campeonato Brasileiro reforçou uma série de disparidades entre os campeões nacionais. A maior delas envolve dois rivais paulistas: o Santos ganhou seis brasileiros entrando 4,5 vezes menos em campo que o hexacampeão São Paulo.
Nos seis títulos nacionais entre 1961 e 1968 (o time também é campeão em 2002 e 2004), o time de Pelé & Cia. precisou jogar apenas 43 partidas. O São Paulo, para conquistar os mesmos seis títulos, precisou atuar por 192 partidas, entre 1977 e 2008.
A disparidade é explicada pelo formato de disputa das duas competições: a Taça Brasil reunia os vencedores dos campeonatos estaduais e premiava os clubes que a CBD (antigo nome da CBF) considerava grandes com a vaga direta para a semifinal. Por isso, o Santos chegou a ser campeão em quatro partidas - e ainda por cima duas vezes: 1963 e 1965.
O regulamento da Taça Brasil dividia as equipes em duas zonas (Norte e Sul) que se subdivididiam em dois grupos. O vencedor do duelo entre o Sudeste e o Sul encarava o ganhador do confronto entre o Norte e Nordeste. Os 'sobreviventes' desses confrontos enfrentariam na semifinal os dois clubes convidados pela CBD a pular direto para essa fase (geralmente um carioca e um paulista).
A competição teve algumas variações no regulamento durante seus dez anos de existência. Chegou até a aceitar a participação de mais de um time do mesmo estado. Com isso, foi criada uma fase quartas de final com convidados que começavam direto desta fase.
No período em que o São Paulo conquistou o hexacampeonato, o Brasileirão também teve os mais variados formatos (incluindo um sem número de participantes diferentes). Mesmo assim, o número mínimo de partidas que o São Paulo teve de jogar para ser campeão foi 21 - o máximo, 38. Com o Santos, o maior número de jogos para ganhar um título nacional veio na década de 60, com 19 partidas no Robertão de 1968.

 
Santos (campeão em 1963)

4 Jogos ~> Resumo da participação: como representante de São Paulo e ostentando o status de grande do futebol brasileiro, o Santos só entrou no torneio a partir da semifinal

Final: O Santos foi campeão contra o Bahia fazendo oito gols em dois jogos.

Bahia 0 x 2 Santos (28/01/1964)

Gols: Pelé aos 28 minutos do primeiro tempo e aos 40 minutos do segundo.


Santos (campeão em 1965)

4 Jogos ~> Resumo da participação: a CBD (antiga CBF) aceitou a presença de dois representantes paulistas, sendo que o Santos entrou nas semifinais e o Palmeiras nas quartas.

Final: O Santos bateu o Vasco por duas vezes e se sagrou campeão invicto.

Vasco 0 x 1 Santos (08/12/1965)

Gol: Pelé, aos 21 minutos do 2º tempo.


São Paulo (tri em 06, 07 e 08)

38 Jogos ~> Sob o comando do técnico Muricy Ramalho, o São Paulo atingiu a hegemonia do futebol nacional ao conquistar três brasileiros seguidos.

Em 2006 e 2007, o time tricolor paulista conseguiu vencer com folgas e com uma certa disância para seus rivais (Inter e Santos, na sequência). Em 2008, a situação foi diferente, pois o título só foi conquistado após uma arrancada no fim, quando o clube estava até desacreditado.

SÃO PAULO SEM RICARDO OLIVEIRA E ROBERTO JUSTOS VIRA CARTOLA TRICOLOR


TIME ADMITE SAÍDA DO ATLETA, MAS NEGA "DESISTÊNCIA ABSOLUTA"
A novela envolvendo São Paulo, Al-Jazira e Ricardo Oliveira, que se arrasta desde o início de dezembro, está próxima do fim. Para a torcida do Tricolor, o desfecho das negociações devem decretar um final infeliz para o clube, já que o jogador dificilmente permanecerá no Brasil. A diretoria, no entanto, ainda tem um fio de esperança.
"A situação se acentuou em termos de dificuldades. O Al-Jazira está exigindo certas coisas que dificultam a negociação, mas ainda não há uma desistência absoluta. Esperamos continuar tratando do assunto", disse o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em entrevista à Rádio Globo nesta quarta-feira.
Na terça, o auxiliar técnico Milton Cruz já havia antecipado que o jogador dificilmente permaneceria. O atual cenário contraria a visão da diretoria no início das tratativas, já que o clube se dizia otimista após enviar um emissário aos Emirados Árabes especialmente para cuidar do assunto.
O São Paulo buscava um novo empréstimo do jogador e até cogitava a possibilidade de contratá-lo em definitivo, mas envolvendo um de seus atletas na negociação. O atacante Mazola, que disputou o Brasileirão pelo Guarani, era o mais cotado. Como os árabes só aceitam vender o jogador por um alto valor, o jovem deve acertar por empréstimo com o Atlético-PR.


ROBERTO JUSTUS SERÁ CARTOLA NO TRICOLOR

Publicitário foi convidado a integrar um grupo de colaboradores que vai atuar junto ao conselho consultivo do Tricolor. Notáveis entrarão apenas com prestígio, influência e conselhos ao clube em suas áreas de atuação
Roberto Justus é publicitário, apresentador de TV, cantor e, em breve, também será cartola de futebol - ou quase. Juntamente com outros notáveis, inclusive Abílio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, Justus e seu topete vão passar a ser colaboradores do conselho consultivo do São Paulo.
O grupo, que será oficialmente apresentado dia 27 de janeiro, foi idealizado pelo ex-presidente José Augusto de Bastos Neto, que comanda o conselho consultivo do clube, órgão criado em 1974.
Inicialmente, a ação dos novos consultores será limitada. "Os consultores vão se reunir com o conselho uma ou duas vezes por ano", explicou ao DIÁRIO Bastos Neto. "Este conselho, o consultivo, é composto apenas por ex-presidentes do clube e do conselho deliberativo.
O convite a essas personalidades é mais um gesto de vanguarda do São Paulo, que vai poder se beneficiar de prestígio e de novas ideias, além de percepções que esses conselheiros puderem nos trazer."
Segundo Bastos Neto, os nomes dos colaboradores foram escolhidos a dedo. "São pessoas influentes, que circulam em altas rodas e têm muito prestígio", analisa. "Acima de tudo, são pessoas que têm grande destaque em suas áreas de atuação, como publicidade, direito...", acrescenta.
Além de Roberto Justus e Abílio Diniz, foram convidados a colaborar com o clube o ex-ministro do Superior Tribunal Federal Sydney Sanchez e o ex-secretário municipal de Cultura Paulo Nathanael.
Bastos Neto faz questão de deixar claro que os consultores vão atuar como colaboradores. "Ninguém entre os consultores tem qualquer obrigação, inclusive financeira", explica. "Todos só estão com a gente por amor ao São Paulo." Resta saber se a cartola não vai amassar o topete de Justus.

RICARDO OLIVEIRA NO INTER?

RICARDO OLIVEIRA PODE SER O CENTROAVANTE DO INTERNACIONAL
Depois de não acertar com o São Paulo, o Al Jazira pode ceder o atacante Ricardo Oliveira para o Internacional, por empréstimo. A ideia é estender o contrato do jogador com o clube dos Emirados Árabes Unidos por mais um ano, até dezembro de 2012, o que possibilitaria o empréstimo ao clube gaúcho por um ano.
O técnico do Al Jazira, Abel Braga, que já foi técnico do Inter e tem grande identificação com o clube, estaria intermediando a negociação.
A compra dos direitos econômicos junto ao árabes está descartada pelo Inter, já que o jogador tem 30 anos, e o valor chega a 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 17 milhões), ou seja, um valor fora da realidade do clube.