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domingo, 15 de maio de 2011

SANTA CRUZ É CAMPEÃO DO CAMPEONATO PERNAMBUCANO

Santa Cruz impede hexa do Sport e garante título inspirador

O Santa Cruz impediu, neste domingo, que algo histórico ocorresse em Pernambuco. Mesmo com derrota por 1 a 0 no Estádio do Arruda, a equipe evitou o hexacampeonato do Sport, feito alcançado uma vez desde que a competição foi criada - em 1968, o Náutico chega a seis conquistas. De quebra, ficou com o título que pode ser a grande inspiração do clube, que tenta uma arrancada do ostracismo no futebol brasileiro.

Apesar da derrota, a conquista foi confirmada porque o time tricolor venceu o jogo de ida por 2 a 0, em plena Ilha do Retiro.

O Santa Cruz havia sido justamente o último campeão estadual antes de o Sport iniciar o pentacampeonato. Pouca coisa de boa aconteceu com a equipe desde 2005, no entanto: continua na Série D do Campeonato Brasileiro, lutando para se manter, temporada após temporada. O título estadual é encarado como o estopim para que o clube reencontre seu caminho.

O Sport volta a campo no próximo final de semana, quando começa a luta para voltar à Série A do Campeonato Brasileiro. Pela Série B, vai estrear contra o Icasa, na Ilha do Retiro. Já o Santa Cruz precisa aguardar uma definição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que ainda não divulgou a tabela da Série D.

CRUZEIRO SUPERA RETRANCA DO ATLÉTICO-MG, É CAMPEÃO E SALVA SEMESTRE

Wallyson abriu o placar no segundo tempo com um chute forte de pé direito
Foto: Juliana Flister/Futura Press

O primeiro semestre do Cruzeiro não acabará sem títulos. Após a eliminação surpreendente nas oitavas de final da Copa Libertadores diante do Once Caldas (COL), a equipe de Cuca se redimiu neste domingo ao vencer o eterno rival Atlético-MG por 2 a 0, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, e conquistar o 37º Campeonato Mineiro de sua história. Wallyson e Gilberto fizeram os gols.

O confronto foi truncado durante boa parte do jogo, com o Atlético se postando na defesa e explorando basicamente o contra-ataque - o time de Dorival Júnior tinha a vantagem do empate, por ter vencido o jogo de ida por 2 a 1. Porém, como fez a melhor campanha da primeira fase, a vitória por um gol de diferença foi suficiente para a equipe cruzeirense se sagrar campeã e impedir o bicampeonato do rival.

Sem contar com seu principal jogador, o argentino Montillo - que foi expulso na partida de ida - o Cruzeiro sofreu para superar a forte marcação alvinegra na maioria da partida. Porém, Wallyson balançou as redes em jogada individual aos 29min do segundo tempo para inverter totalmente o panorama do jogo. Já no final, Gilberto fez o segundo em linda cobrança de falta para sacramentar o triunfo.

RENAN SE REDIME NOS PÊNALTIS, INTER BATE GRÊMIO E É CAMPEÃO

Andrezinho comemora gol fundamental no fim do primeiro tempo

Foto: Jéfferson Bernardes/Vipcomm/Divulgação

Veio de forma dramática e na base da raça o 40º título estadual do Internacional. Neste domingo, em pleno Estádio Olímpico, o time colorado derrotou o Grêmio por 3 a 2 de virada, resultado que levou a decisão aos pênaltis. Na cobrança de penalidades, brilhou a estrela de Renan, que defendeu três pênaltis após falhar em gol de Borges durante o tempo regulamentar.

A disputa terminou 5 a 4 para o time visitante. Renan espalmou penalidades de William Magrão, Fábio Rochemback e Lúcio. O Grêmio também viu defesas com Victor, que impediu tentativas de Leandro Damião e Kleber.

A conquista alivia de alguma maneira a eliminação na Copa Libertadores, ocorrida após derrota inesperada para o Peñarol no Beira-Rio. Na ocasião, o Inter tomou a virada e foi despachado do torneio, após um empate fora de casa.

O técnico Paulo Roberto Falcão surpreendeu em sua escalação para o Gre-Nal. O treinador veio a campo com três zagueiros, mas o garoto Juan foi escalado na lateral esquerda. Com isso, Kleber atuou adiantado, como um ala. Leandro Damião foi o único centroavante, com Andrezinho e D'Alessandro sendo os responsáveis pela armação, junto com Kleber.

Já no Grêmio não houve inovações. Renato Gaúcho lançou ao jogo um esquema próximo ao que venceu no Beira-Rio no último domingo, tendo como alterações os retornos de Adilson e Lúcio ao time titular, no lugar dos suspensos Escudero e Fernando.

As alterações dos treinadores foram decisivas na partida. Após um péssimo início, Falcão pôs Zé Roberto no jogo, atleta fundamental para que o time colorado equilibrasse o jogo. Já Renato Gaúcho colocou Borges em campo, o atacante que fez o gol que levou a decisão aos pênaltis.

AROUCA SONHOU E REALIZA SONHO MARCANDO GOL

Em 66º jogo pelo Santos, Arouca desencanta e faz gol de "sonho"

Nem Neymar, nem Elano ou Zé Eduardo. Demorou, mas o volante Arouca enfim conseguiu fazer seu primeiro gol com a camisa do Santos. Após 66 jogos pelo time alvinegro, o jogador balançou as redes neste domingo, justamente na final do Campeonato Paulista contra o arquirrival Corinthians, vencida pelo clube da casa por 2 a 1, e marcou um dos históricos tentos do 19º título estadual santista.

"Estava trabalhando muito forte e sonhei que iria fazer um gol na final", disse o atleta, emocionado com o feito. O volante, de fato, havia declarado no CT Rei Pelé durante a semana que sonhara com um tento na decisão. "Queria apenas fazer um gol, independente de ser o do título", acrescentou.

Ídolo da torcida, Arouca sempre foi querido pelos santistas pelo seu futebol de marcação forte, que transmitia segurança aos craques do time, como Neymar e Paulo Henrique Ganso. Talvez pela função defensiva, o jogador somava 65 partidas com a camisa alvinegra, mas nenhum gol marcado.

Contudo, o destino reservava algo melhor para Arouca, que chegou ao Santos em 2010 em troca por Rodrigo Souto. Vindo do rival São Paulo, o volante foi conquistando seu espaço aos poucos, sofreu com o excesso de lesões, deu a volta por cima, deixou o papel de coadjuvante de lado na tarde deste domingo e incendiou uma Vila Belmiro lotada.

Arouca abriu o placar neste domingo e iniciou a caminhada para o título estadual

Foto: Ivan Pacheco/Terra

Aos 26 minutos do primeiro tempo, Arouca apenas observou a bola nos pés de Léo avançar pela esquerda, tentar o cruzamento e, no desvio, sobrar para Zé Eduardo. O atacante deu um toque preciso na pequena área para o camisa santista, que tocou rasteiro, estufou as redes corintianas e finalmente comemorou seu primeiro gol pelo Santos.

Inspirado, o volante quase marcou outro, 10 minutos depois. Em cobrança de escanteio, a bola caiu nos pés do iluminado camisa 5 do dia, que chutou de primeira, com força, no canto esquerdo do goleiro Júlio César. A trave salvou o Corinthians do segundo gol de Arouca no clássico, mas só um foi o bastante.

De "carregador de pianos" a protagonista, Arouca entra para a história como o autor do primeiro gol do primeiro título santista em uma final na Vila Belmiro, algo inédito na quase centenária história do clube praiano. De quebra, o "sonhador" volante ainda dá moral para o Santos seguir firme na disputa da Copa Libertadore sonho de consumo de diretoria e torcida.

SANTOS FUTEBOL CLUBE, CAMPEÃO PAULISTA DE 2011

Com gol inédito e frango, Santos bate Corinthians e leva bi

Chuva com sabor de título paulista. É o que levaram os santistas neste domingo de vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, na Vila Belmiro, com gols de Arouca e Neymar. Logo o volante santista, que nunca havia marcado, é que abriu o marcador, ampliado por Neymar em outra tarde inspiradíssima. Assim, a galeria de conquistas estaduais do Santos já tem seu 19º troféu, o segundo conquistado em dois anos.

Primeiro tempo: Santos abre vantagem

Apesar do placar sem gols no Pacaembu, Muricy Ramalho e Tite praticamente não mudaram as formações de suas equipes para a medição final de forças do Campeonato Paulista agendada para a Vila Belmiro. Desfalques só do lado santista, que se viu fragilizado pela suspensão do volante Danilo e pela lesão de Paulo Henrique Ganso, seu jogador mais cerebral.

O meio de semana do Santos ainda incluiu uma viagem à Colômbia, onde na última quarta-feira um gol de Alan Patrick assegurou vantagem na disputa por um lugar na semifinal da Copa Libertadores diante do Once Caldas. Desgastados, os santistas jogaram com mais inteligência e força na chegada ao ataque ao longo da primeira etapa na Vila.

Tite repetiu os titulares do Pacaembu, apenas recolocando Alessandro, suspenso há uma semana, na lateral direita. Ele jogou ao lado de Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos no competente sistema defensivo corintiano, protegido por Paulinho à direita e Ralf pela esquerda. Dúvida do lado paulistano, Dentinho seguiu puxando a linha de armadores titulares, com Bruno César centralizado e Jorge Henrique pela esquerda. Liedson fez como sempre a função de camisa 9.

Muricy Ramalho também preservou o sistema de jogo habitual dos santistas desde sua chegada no início de abril. Jonathan e Léo foram os laterais, mais marcadores que apoiadores. Edu Dracena e Durval completaram a primeira linha. Adriano foi o volante mais defensivo, incumbido de marcar Bruno César. Elano, pela direita, Arouca, à esquerda, e Alan Patrick, à frente, fecharam o meio. Neymar novamente teve a companhia de Zé Eduardo.

Em 45 minutos, o Santos desperdiçou a chance de praticamente liquidar os corintianos na Vila Belmiro. Com 15min, já eram três as ocasiões de gol claras para o time da casa. Neymar, aos 6min, cabeceou por cima bom cruzamento de Zé Eduardo. Em seguida, foi Léo que recebeu de Arouca entre Chicão e Alessandro, mas bateu por cima. Depois, Zé Eduardo converteu diante de Julio Cesar, mas estava impedido.

Enquanto o Corinthians tocava a bola e tentava investir, o Santos recuperava e tinha mais qualidade para chegar ao gol. Foi o que aconteceu aos 16min, quando um lançamento de Léo desviou na defesa e morreu nos pés de Zé Eduardo, livre na ponta esquerda. Com precisão, ele tocou para trás e Arouca só cumprimentou. Em seu jogo de número 66 como jogador santista, o volante marcou pela primeira vez.

Iluminado, Arouca quase também fez o segundo, já aos 33min. Com o jogo truncado, ele apareceu na entrada da área após sobra de escanteio e acertou a trave de Julio Cesar. Àquela altura, o domínio santista era constrangedor para os cerca de 700 torcedores corintianos localizados na Vila Belmiro.

Nos instantes finais da etapa inicial, se ampliou o domínio do Santos, com Zé Eduardo batendo para fora após receber bom lançamento em profundidade com 39min. Segundos depois, Neymar abençoou Alan Patrick com um passe genial, como havia feito na Colômbia. O substituto de Ganso, dessa vez, bateu por cima.

A única ocasião realmente clara para o Corinthians pintou com 41min. Do centro, Chicão cobrou falta venenosa e Jorge Henrique, pequenino e livre, só raspou - a bola passou a centímetros do gol de Rafael. Neymar, em seguida, desperdiçou a chance mais evidente. Livríssimo, teve tempo de pensar e até fez firulas. Competente, Julio Cesar defendeu.

Segundo tempo: Santos leva o bi

Dentinho talvez foi quem mais simbolizou a falta de agressividade do Corinthians na primeira etapa. Por conta disso, não voltou do intervalo, e Tite apostou em seu amuleto da sorte, Willian. O homem dos gols decisivos nas quartas de final, contra o Oeste, e semifinal, diante do Palmeiras, saiu do banco para tentar salvar os corintianos desde o reinício da partida.

Mas foi ainda o Santos, como no primeiro tempo, quem ameaçou primeiro. Com 4min, Elano cobrou escanteio venenoso na cabeça de Durval, que desviou bem - no pé da trave, e também impedido, Alan Patrick empurrou para dentro, mas a jogada foi invalidada.

Apesar do lance agudo, seria o Corinthians a equipe a se lançar de verdade para o ataque. Com 15min, Willian buscou o gol de fora da área em finalização fortíssima que Rafael alvejou. De verdade, foi a única chance clara dos corintianos durante mais da metade do segundo tempo. Assim, queimou seus últimos dois cartuchos: Ramírez e Morais saíram do banco para tentar criar mais nos lugares de Paulinho e Bruno César.

Com 26min, o Corinthians trocou passes no cerco da grande área santista, mas desta vez conseguiu finalizar. Fábio Santos rolou para Ramírez, que mesmo de frente para o gol, do grande círculo, chutou muito distante.

O Corinthians até martelou, mas foi o Santos que conseguiu seu gol. Aos 38min, Neymar encaminhou o bicampeonato paulista e ratificou sua condição de grande craque do Santos. Pelo lado esquerdo da grande área, chutou seco no chão e Julio Cesar, desatento, deixou a bola passar.

O Corinthians respondeu imediatamente e continuou vivo na partida. Jorge Henrique jogou na área, Morais desviou e Rafael falhou, deixando passar e pondo fim a uma sequência de 8 jogos e mais alguns minutos sem sofrer gol.

Gols

Santos: Arouca, aos 16min do 1º tempo, Neymar, aos 38min do 2º tempo
Corinthians: Morais, aos 41min do 2º tempo

DECISÃO NO PAULISTA: CORINTHIANS JOGA POR REDENÇÃO; SANTOS POR CONSAGRAÇÃO DE NOVA FASE

Técnicos Tite (à esq.) e Muricy Ramalho fazem duelo final para o título de Campeão Paulista de 2011

Foto: Reinaldo Marques/Terra

Após empatarem sem gols na última semana, no Pacaembu, Santos e Corinthians se reencontram neste domingo, na Vila Belmiro, e decidirão o campeão paulista de 2011. De um lado, o time corintiano busca a "redenção" depois da vexatória eliminação da Copa Libertadores no início do ano. Do outro, o invicto Muricy Ramalho, que ainda não perdeu no comando da equipe santista e busca seguir invicto no cargo.

Até agora, o comandante entrou em campo em 10 partidas no banco do Santos, com sete vitórias e três empates. Esse é o melhor início de Muricy em um clube em toda a sua carreira, o que deixa o torcedor santista extremamente motivado com o time.

Um dos principais motivos da idolatria pelo novo treinador é devido ao sistema defensivo da equipe, antes severamente criticado. Muricy conseguiu arrumar a zaga e vê seu time alcançar a marca de seis partidas sem sofrer gols, além de ter visto sua meta ser vazada apenas duas vezes - com média de 0,2 por embate.

Em contrapartida, o Santos de Muricy sofre com o excesso de jogos e o cansaço, já que disputa duas competições simultaneamente - o Campeonato Paulista e a Copa Libertadores, torneio que está já nas quartas de final. A grande quantidade de confrontos é motivo de impaciência diária para o técnico santista, que não para de reclamar.

"O nosso grande problema são as contusões porque estamos enfrentando lugares complicados. Isso não é só cansaço, é avião que balança, espera de aeroporto, é muito pesado. Treinando uma semana facilita um pouco, mas na parte de cansaço estamos nos recuperando. Os exames apontam desgastes muito grande de pós-jogo", afirmou.

O Corinthians, por sua vez, vê o contestado Tite conseguir levar um time desacreditado à decisão do Estadual. O técnico é criticado por parte da torcida e da diretoria, que pedem sua cabeça a cada tropeço, desde a perda do título brasileiro no ano passado.

Os desafetos de Tite só aumentaram quando o treinador afundou junto com o Corinthians ainda na fase da pré-Libertadores, depois de surpreendente derrota contra o modesto Tolima-COL. O time alvinegro foi o primeiro brasileiro na história da competição a ser eliminado antes mesmo de entrar na fase de grupos. Para completar, o clube colombiano levou uma sonora goleada de 6 a 1 do Cruzeiro na etapa seguinte da competição.

Contudo, com 14 gols sofridos em 22 jogos, a verdade é que o treinador arrumou a defesa e alcançou, até o momento, o melhor desempenho defensivo do clube no século em Campeonatos Paulistas.

Com todos os ingredientes de um grande clássico, além da presença dos dois artilheiros do torneio - Elano, do Santos, e Liédson, do Corinthians, ambos com 11 gols cada -, a expectativa é de grande jogo na Vila Belmiro, a partir das 16h (de Brasília). Qualquer empate leva a decisão para os pênaltis.

Disputa por supremacia estadual no século

A final deste domingo entre Santos e Corinthians vale mais do que apontar o campeão paulista de 2011. Os dois clubes disputam a supremacia estadual deste século, já que desde 2001 os clubes alvinegros conquistaram três títulos Paulistas cada.

O Corinthians venceu os Estaduais de 2001, 2003 e 2009. Já o clube praiano venceu em 2006, 2007 e 2010.


Ficha técnica: Santos x Corinthians

Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), em Santos-SP)

Data: 15/5/2011 - 16h (de Brasília)

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira

Santos: Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Adriano, Elano e Alan Patrick; Neymar e Zé Eduardo.
Técnico: Muricy Ramalho.

Corinthians: Júlio César, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho (Ramírez), Bruno César e Jorge Henrique; Dentinho e Liedson.
Técnico: Tite