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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

REPERCUSSÃO DE SHOW DE NEYMAR NO EXTERIOR NÃO PREOCUPA SANTISTAS

A grande atuação de Neymar contra o Paraguai, na madrugada desta terça-feira, estreia do Brasil no Campeonato Sul-Americano sub-20, ganhou as manchetes do mundo. Com o show, pairam, cada vez mais ameaçadoras, as especulações sobre possíveis investidas de clubes europeus sobre a estrela do Santos. O craque marcou os quatro gols da vitória brasileira por 4 a 2. O Chelsea já tentou em agosto do ano passado. O craque disse não, mas os ingleses prometeram nova investida neste ano.

Neymar vibra com um de seus quatro gols contra o Paraguai (Foto: Mowa)

Recentemente, jornais espanhóis noticiaram que o Barcelona queriam levar o craque. Na Itália, também se noticia que gigantes como Inter de Milão estão de olho no Menino da Vila. No entanto, a diretoria santista garante não temer o assédio. O técnico Adilson Batista também se diz tranquilo.

- Não estou preocupado com isso. Claro que interesse e especulação sempre vai existir. É normal. Mas vejo que a diretoria está bem atenta. Acredito que o Neymar vai ficar aqui por mais algum tempo – afirma o treinador.

O agente de Neymar, Wagner Ribeiro, segue o mesmo raciocínio. Ele diz que sondagens de clubes de fora são comuns. Chegam praticamente todos os dias. No entanto, ele explica que o não do garoto ao Chelsea, em agosto do ano passado, foi emblemático. Os ingleses estavam dispostos a pagar a multa rescisória (€ 30 milhões na ocasião). O Santos ofereceu aumento salarial, um plano de carreira consistente e acabou convencendo o atacante a ficar.

- Quando ele teve de tomar a decisão, achou melhor permanecer no Santos. Deu um abraço no pai e disse que queria ficar, que o dinheiro não era a coisa mais importante para ele. Não acho que ele saia do Santos neste ano - diz Ribeiro.

Atualmente, a multa rescisória de Neymar está estipulada em € 45 milhões (R$ 100,3 milhões). A diretoria santista já avisa que não negocia.

CICINHO E ADRIANO SÃO APRESENTADOS NO PALMEIRAS

Sem badalação, o Palmeiras realizou na tarde desta terça-feira a apresentação oficial de duas de suas contratações para a temporada 2011. Desconhecidos da maioria do público, o lateral direito Cicinho (ex-Santo André e Oeste) e o atacante Adriano 'Michael Jackson' (ex-Fluminense e Bahia) serão obrigados a superar a desconfiança no Palestra Itália no período de empréstimo de um ano.

"Eu não me considero uma aposta", respondeu Cicinho com veemência após receber a camisa número 2 do gerente administrativo Sérgio do Prado. "A diretoria e a comissão técnica conhecem o meu trabalho, estou aqui para fazer o mesmo dos tempos de Santo André", emendou.

Dono de uma fala mansa e um sotaque carioca, Adriano assume o número 19 do Alviverde e segue o mesmo discurso. "Eu me apresentei e nunca quis ser visto como aposta. Estou aqui para vencer, quero conquistar títulos", decretou.
A nova dupla palmeirense chegou, pelo menos, com apelidos de personalidades mais conhecidas junto ao público. Cicinho conta que foi comparado ao ex-lateral do São Paulo e da seleção brasileira por causa de um gol feito no começo da carreira.
"Eu estava nos juniores e marquei um gol parecido ao que o Cicinho fez contra o Palmeiras, na Libertadores de 2005. Aí falaram que foi um gol de Cicinho. Durante uma época, tentei fugir do apelido, mas não deu certo", explicou o ala.
Já Adriano é conhecido por usar luvas e dançar como o cantor falecido Michael Jackson. O apelido nasceu no início da carreira do atleta, no América-RJ. Provocado por um repórter sobre as mudanças físicas do antigo astro ao longo da carreira, o atacante do Verdão ponderou:
"Quando o Michael Jackson começou, ele não era branco, era da minha cor e tinha o cabelo encaracolado", sorriu Adriano, que cita a música preferida do astro. "Aquela gravada no Pelourinho", encerrou o jogador, autor de 15 gols na Série B do Brasileirão-2010 com a camisa do Bahia.
Cicinho e Adriano podem ser utilizados pelo técnico Luiz Felipe Scolari no jogo de quinta-feira contra o Ituano, em Piracicaba. O primeiro já está com a documentação regularizada, enquanto o atacante deve receber a liberação nesta quarta-feira.

CARPEGIANI INCENTIVA GOL 100 DE ROGÉRIO CENI

Paulo César Carpegiani conta que uma de suas primeiras decisões quando comandou o time em 1999 foi devolver a Rogério Ceni o posto de cobrador oficial de pênaltis e faltas próximas à área. Naquela época, Mário Sérgio havia colocado Marcelinho Paraíba para ser o batedor. Perto do gol 100, o goleiro terá autonomia para escolher as cobranças que considerar ideal, avisa o técnico.
O recado vale para a partida do São Paulo contra o São Bernardo, quarta-feira, às 22 horas, no Morumbi.
No domingo, Ceni marcou de pênalti contra o Mogi Mirim, em Mogi, chegando à marca de 96 gols, segundo contagem do São Paulo. Já a Fifa contabiliza 94, excluindo dois gols marcados em amistosos disputados no Morumbi.

“O Rogério merece tudo isso. Se ele tem esse mérito é preciso incentivar. Me recordo que o Rogério estava proibido. Prefiro não falar o nome do antecessor [Mário Sérgio]. Em 1999 eu incentivei. Não pode privar a característica dele. Acho isso excelente”, comenta Carpegiani.
O recorde de gols de Rogério em uma temporada ocorreu em 2005, quando marcou 21 gols, temporada em que conquistou o Paulista, Libertadores e Mundial de Clubes.
Os dois gols não aceitos pela Fifa ocorreram no duelo entre combinado São Paulo contra combinado Santos-Flamengo, disputado em 1998, quando Ceni anotou gol de falta, além da partida amistosa diante do Uralan, da Rússia, em 2000, também em cobrança de falta. Os dois jogos foram disputados no Morumbi.
“Muitos jogadores têm gols sob judice. Eu acredito que o Rogério tenha mesmo essa marca [96 gols], que é bastante considerável para um goleiro”, acrescentou Carpegiani.

NEYMAR DÁ SHOW E SE PREOCUPA PARA NÃO VIRAR ESTRELA SOZINHO

APÓS SHOW, NEYMAR DIZ QUE SE DIVERTIU E JOGA MAIS QUANDO APANHA

Quatro gols, alguns dribles e muitos aplausos depois, o atacante Neymar disse que se divertiu em campo na vitória por 4 a 2 diante do Paraguai, na madrugada desta terça-feira, em Tacna, no Peru, pela estreia do Sul-Americano Sub-20.
O jogador concedeu uma concorrida entrevista na qual comentou sua atuação de gala com bom humor e leveza. Sem pensar duas vezes, ele disse que teve mais momentos de diversão do que de preocupação em um jogo que ficou difícil no segundo tempo com a expulsão de Zé Eduardo e um gol do Paraguai.

"Eu me diverti mais (do que me preocupei). O Brasil saiu vitorioso, meus companheiros jogaram muito bem e eu consegui fazer quatro gols. Foi só felicidade hoje", disse o atacante.

Porém, durante a partida, Neymar sofreu não só com a pressão paraguaia, mas com as faltas. O jogador apanhou muitas vezes durante o segundo tempo da partida, mas disse que não está preocupado com a violência dos rivais.

"Os brasileiros gostam disso. Quando apanha, gosta mais de jogar. Cada vez que batem, dá mais vontade de jogar", disse.

 
COM DISCURSO DE GRUPO, NEYMAR SE ESFORÇA PARA NÃO VIRAR ÚNICA ESTRELA
Os quatro gols que fez contra o Paraguai e a atuação que arrancou aplausos do público presente no Estádio Jorge Basedra, darão a Neymar uma condição de estrela única da Seleção Sub-20 que ele já tenta contornar. Depois da vitória brasileira por 4 a 2 na estreia do Sul-Americano Sub-20, na madrugada de terça-feira, o atacante adotou o discurso de que o grupo é vencedor por duas vezes em uma clara tentativa de dividir os holofotes.

"O time do Paraguai é excelente. Foi um jogo nada fácil. Nosso time sofreu duas expulsões e tivemos que correr bem para conseguir a vitória. Conseguimos superar isso e o Brasil está de parabéns", disse, antes de dividir mais abertamente os méritos.

"Foi uma das melhores partidas minhas na carreira por eu ter feito quatro gols, mas dedico aos meus companheiros. Se o Brunão não corresse lá atrás, eu não conseguiria fazer quatro gols. Agradeço a todos", disse Neymar, em referência ao zagueiro e capitão da equipe, Bruno Uvini, sentado ao seu lado durante a entrevista.

Durante outra resposta, Neymar citou nominalmente quase todos os jogadores que atuaram contra o Paraguai, começando pelos seus companheiros de ataque. Outra preocupação foi dar moral ao sistema defensivo, que demonstrou insegurança em espirradas no começo do jogo e na expulsão relâmpago de Zé Eduardo - dois cartões amarelos em dois minutos.

"Sinceramente não (senti temor de ficar sem a vitória). Pelo que eu via dos jogadores lá atrás, eu via que ia dar tudo certo e o Brasil ia sair vitorioso. Senti firmeza lá atrás e no contra-ataque somos mortais. Temos que seguir assim", completou.

A mesma preocupação Neymar já havia demonstrado em entrevista antes do jogo de estreia, quando disse que a responsabilidade é de todos e ia fazer a sua parte. O técnico Ney Franco está na mesma sintonia e quer que o reconhecimento seja com todos os jogadores.

"Não foi só o Neymar, não foi só o Lucas. Os próprios zagueiros, tanto do lado direito como do lado esquerdo, fizeram uma partida muito fria", disse o treinador em referência aos laterais Alex Sandro e Danilo.

No meio-campo, Casemiro foi o destaque, com uma atuação segura na defesa e eficiente no ataque, aparecendo como segundo melhor jogador em campo. Com quatro gols e presença decisiva, Neymar indiscutivelmente foi o melhor.