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sábado, 7 de agosto de 2010

CARREIRA AMEAÇADA

A DISCUSSÃO ENTRE MÉDICOS EUROPEUS E RUNCO

"KAKÁ CORREU RISCOS DURANTE O MUNDIAL"

A artroscopia pela qual passou Kaká na quinta-feira, na Bélgica, se transformou em polêmica ontem. O médico responsável pela cirurgia, Marc Martens, e sua assistente, Kristel Dereyke, afirmaram que o jogador não deveria ter jogado a Copa da África. E foram além ao dizer que Kaká correu risco de ter a carreira encerrada. "A situação esteve por um fio", observou Dereyke.


O meia da seleção e do Real Madrid deixou o hospital ontem. A previsão é de que a recuperação da cirurgia na cartilagem do joelho esquerdo o deixe longe do futebol por até quatro meses. Na capital espanhola, o atleta seguirá a recomendação de repouso absoluto para, depois, submeter-se a intensa rotina de sessões de fisioterapia. Kaká não foi autorizado a viajar para o Brasil.

RUNCO: "ELE NÃO JOGOU NO SACRIFÍCIO" 

As afirmações dos integrantes da equipe médica belga provocaram desconforto ao médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, que acompanhou o atleta na campanha brasileira no Mundial. "Ou foi uma colocação exagerada do colega ou ele quer tirar proveito de estar operando alguém como Kaká. Não sei se ele (Martens) está acostumado com isso", afirmou Runco. "O Kaká não jogou na sua normalidade, até porque estava havia três meses sem jogar e tivemos só duas semanas para realizar trabalho específico com o jogador. Ele nunca esteve em suas condições ideais, e isso não foi negado."

O médico da seleção brasileira e do Flamengo, José Luiz Runco, foi irônico, questionou as intenções de Martens e garantiu que Kaká tinha condições de disputar o Mundial. "Só se foi na Bélgica, porque no Brasil ele com certeza não colocou (a carreira em risco)".

"Em momento algum Kaká colocou a carreira em risco. Ele chegou com um problema grave no quadril e no púbis, mas fizemos um grande trabalho com o procedimento mais moderno possível. O Kaká sempre foi um grande parceiro, tenho certeza que nem ele concorda com essa afirmação", garantiu o médico brasileiro.

Sobre as condições de Kaká na Copa, Runco reconheceu que o jogador não estava 100% e contou que até mesmo o corte do meia chegou a ser cogitado. Ponderou, no entanto, que o problema no joelho nunca foi uma grande preocupação dos médicos ou mesmo do jogador. "Tivemos uma conversa durante um treinamento quando ele ainda sentia o púbis. Conversamos sobre o corte, que isso ocorreria se ele não melhorasse. Mas ele se dedicou, declarou que estava feliz em estar evoluindo, que estava solto".

Runco ainda atacou Martens e questionou sua intenções. "É preciso ter cuidado com o que se fala, com a ética médica", opinou o brasileiro.


FONTE: estadão.com.br

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