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quarta-feira, 13 de julho de 2011

FIFA ANUNCIA FIELZÃO; ABERTURA SÓ EM OUTUBRO

Anuncio oficial pela entidade máxima do futebol vai ocorrer apenas em outubro

Fachada do futuro estádio do Corinthians e sede da abertura da Copa de 2014, orçado em R$ 800 milhões

Foto: Divulgação/Werner Sobek

A Fifa oficializou nesta quarta-feira que o estádio do Corinthians, que será construído em Itaquera, será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Porém, o anúncio oficial vai acontecer em outubro.

A decisão ocorre após a apresentação das garantias financeiras do projeto, que foi enviado à entidade máxima do futebol pelo Comitê Organizador Local do Mundial, o COL, na última segunda-feira.

No documento, a Fifa é avisada que a construção será custeada com dinheiro proveniente de duas fontes. A primeira virá do incentivo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Copa, que irá disponibilizar R$ 400 milhões à empresa Odebrecht, responsável pela obra - Timão irá quitar esse débito com a construtora, por meio da venda do naming rights (venda do nome do estádio) e recursos próprios.

A segunda fonte de receita para a construção virá do Projeto de Lei 288/2011, que autoriza a Prefeitura conceder até R$ 420 milhões em incentivos fiscais para a construção em Itaquera, zona leste da capital paulista - extensão de uma lei que já existia. Quantia essa que irá vir realidade com a venda de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CID) no mercado, que será pela Odebrecht.

Os CIDs são títulos emitidos pela Prefeitura, no valor de até 60% dos investimentos, que poderão ser comercializados no mercado para captar recursos. Podem ser utilizados para quitar tributos como IPTU e ISS. No caso do Fielzão, os CIDs só terão valor após construção do estádio (com a emissão de um certificado de conclusão da obra) e a realização da abertura da Copa. Se uma dessas situações não acontecer, os títulos não poderão "virar" dinheiro - Kassab ainda tenta derruba essa obrigatoriedade.

Apesar das garantias financeiras e da confirmação por parte da Fifa, vale lembrar que Corinthians e Odebrecht ainda não assinaram contrato. Uma situação que ocorre pela diferença entre o que a construtora diz que pretende gastar com a obra, na casa de R$ 1 bilhão, e o que o clube vê como possível, após análise com outras empresas. Timão fala em R$ 700 milhões, com possibilidade máxima de chegar aos R$ 850 mi.

Em tempo: neste momento, as obras de terraplanagem do terreno continuam. Mais de cem homens trabalham, diariamente, para deixar o local apto a receber a segunda parte da obra, que prevê o início da edificação do estádio.

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