BEM VINDOS

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CENI CHEGA A MIL JOGOS COM AR MOTIVADOR E DESEJO DE LIDERANÇA

Ídolo tricolor atinge mais uma marca histórica nesta quarta-feira

Foto: Fernando Borges/Terra

"Vão ser 60 mil vozes. São 60 mil caras no Morumbi. Pode errar, posso tomar gol no meio das pernas. Mas se não correr com 60 mil vozes, não tem palavra que faça esses atletas terem vontade de vencer. Acredito muito nisso. Acredito na vinda do torcedor. Ninguém garante que vai se vencer todos os jogos. Mas, com a entrega de todos, com desejo de vitória, tem essa possibilidade".

Poderia ser uma palestra motivacional, mas é o que espera Rogério Ceni, nesta quarta-feira, diante do Atlético-MG com Morumbi que se anuncia lotado. Rogério, que promete pensar apenas nos três pontos, sabe que tem muito mais que isso em jogo. Em seu milésimo jogo, Ceni sabe que vencer é fundamental e também colocará pressão no líder Corinthians. Em caso de triunfo são-paulino, o atual primeiro colocado irá receber o Flamengo já como vice-líder, precisando pontuar.

O sucesso dos planos de Ceni está diretamente condicionado a superar a síndrome do Morumbi que aflige a equipe desde que Adílson Batista. Melhor visitante do Campeonato Brasileiro, o São Paulo só é segundo colocado graças ao que faz fora de casa, pois com Adílson são seis jogos como mandante e uma vitória, três empates e duas derrotas em partidas de Série A. Por tudo isso, o treino da véspera ao confronto com o Atlético-MG foi realizado no próprio Morumbi, o que é raro.

"Realmente não estamos conseguindo nos últimos jogos. Mas isso está dentro da nossa cabeça. Contra o Figueirense (vitória no sábado, fora de casa) a atitude e o desejo de vencer foram muito bacanas. Alguns meninos entraram e correram, se sacrificaram. É a mentalidade que temos que ter", idealizou o homem de 999 jogos, marca que apenas Pelé e Roberto Dinamite já atingiram no futebol brasileiro.

Rogério Ceni vê o Atlético-MG, seu rival no jogo mil, como um time perigoso, embora dentro da zona de rebaixamento. "Lá vencemos por 1 a 0 e tomando sufoco. É um time experiente, bastante mudado e que vem de duas vitórias consecutivas e sem sofrer gols. É um time com moral elevado, com confiança e por isso se torna difícil. Não vai querer ser coadjuvante", crê.

Como tem sido rotina nos últimos dias, Ceni repetiu o discurso de que será um jogo qualquer, que vale três pontos e nada mais nem menos. Mas admite que o pós-partida, em caso de vitória, seria diferente. "Fico feliz pelas 60 mil pessoas, mas venho para trabalhar. Havendo vitória, depois que o juiz apitar, se conseguir vencer, me dou o direito de curtir e relaxar um pouco".

É o que esperam todos os são-paulinos, grupo no qual Rogério se inclui. "Quando parar, vou ser mais um torcedor, que é o mais importante de tudo", diz o homem, goleiro e capitão que, para os tricolores, também é o mais importante de todos.

Rogério Ceni em resumo:

Estreia pelo time profissional do São Paulo: 1993
999 jogos pelo São Paulo
102 gols
31 títulos
125 das últimas 126 partidas do São Paulo
15 anos como titular
19 treinadores diferentes
1028 jogos na carreira
62% de aproveitamento dos pontos disputados na carreira
17 jogos pela Seleção Brasileira
Campeão do Mundo com o Brasil na Copa 2002

0 comentários:

Postar um comentário