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domingo, 2 de janeiro de 2011

EM SÃO PAULO, SANTOS E TRICOLOR LARGAM NA FRENTE DOS SEUS RIVAIS

ENQUANTO CORINTHIANS E PALMEIRAS FECHAM O ANO SEM NENHUM REFORÇO, SANTOS E TRICOLOR JÁ TÊM NOVOS JOGADORES PARA 2011

O Santos e São Paulo nadam na contramão de seus principais concorrentes. Enquanto Palmeiras e Corinthians terminaram 2010 sem reforços, o Peixe já trouxe o volante Charles, o lateral-direito Jonathan e o meia Elano, além do garoto Victor Hugo, revelado pelo Santa Cruz-PE: uma aposta. Já o Tricolor, aos 45 minutos do segundo tempo, no último dia do ano, selou acordo com o lateral-esquerdo Juan.

Elano durante sua apresentação na Vila Belmiro. Reforço de peso para a Libertadores (Foto: Flickr)

O clube da Vila Belmiro tem contato com a providencial ajuda da empresa Terceira Estrela Investimentos S.A (Teisa), formada por empresários que criaram essa espécie de fundo para contratações.
- São empresários apaixonados pelo Santos que colaboram, pois querem ver o clube conquistando títulos - explica o presidente alvinegro Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
No caso de Elano, a Teisa teve uma participação indireta. Ao comprar 5% dos direitos sobre o Neymar, possibilitou ao Peixe recursos para repatriar o meia, que estava no futebol turco. Já sobre os direitos de Jonathan, há uma sociedade. O Cruzeiro vendeu 50%, o Santos adquiriu 30% e a Teisa, 20%. Charles e Victor Hugo foram emprestados. Nesses casos, o clube não precisou investir na compra dos atletas.
O Peixe ainda tenta contratar um atacante para ser parceiro de Neymar.

O São Paulo, por sua vez, teve dificuldades para contratar. Por enquanto, apenas Juan veio. O ala já não tinha mais contrato com o Flamengo. Bastava ao Tricolor acertar os salários. No entanto, teve de esperar até o dia 31 para sacramentar o negócio, pois Juan tinha esperança de receber alguma proposta do exterior.
O diretor de futebol do Tricolor, João Paulo de Jesus Lopes, explica que a valorização do Real em relação ao dólar e os altos salários pretendidos pelos atletas, dificultam as negociações. Além disso, ele ressalta que a crise na Europa também influencia, pois, afirma, quando os grandes clubes do Velho Mundo contratam em massa, a economia do futebol gira, fazendo com que todos lucrem e consigam se reforçar.
- É o carrossel. O problema é que a Itália e a Espanha ainda sofrem com a crise. As grandes contratações movimentam o mercado. Os números trocam de mãos. Ano passado e retrasado tivemos alguma movimentação, principalmente pela mudança da presidência do Real Madrid. No Brasil o problema é a valorização da moeda e os altos salários. E isso dá uma dificultada - explicou, em entrevista à rádio “Jovem Pan”.

Já o assessor da presidência do Palmeiras, Antônio Carlos Corcione, afirma que o clube está esperando a abertura da janela de janeiro para tentar viabilizar algum bom negócio, envolvendo jogadores em possíveis trocas. Comprar fatias de direitos econômicos de atletas, como o Santos vem fazendo, não está em cogitação no Palestra Itália.
- Não é só o Palmeiras, todos os clubes têm dificuldades de contratar agora. Muitos estão esperando a abertura da janela. Os clubes não querem negociar enquanto ela não se abre porque muitos jogadores podem ser usados nas transferências. Enquanto não estiver definida a janela, não há contratação - afirmou, em conversa com o GLOBOESPORTE.COM.

O diretor de futebol corintiano, Roberto de Andrade, admite que o mercado está bem devagar. Ele explica que as negociações que vinha mantendo foram interrompidas neste fim de ano.
- Está tudo parado. As conversas que estavam em andamento serão retomadas na segunda-feira depois do Réveillon. Aí, do dia 3 até a estreia no Paulistão (dia 16, contra a Portuguesa), a gente vai buscar suprir as carências que o elenco tem - disse, em entrevista à rádio “Bandeirantes”.
Movimentação no Timão só de saída: Souza, Defederico, Dodô, Boquita, Renato, Iarley foram emprestados. William se aposentou. Elias foi vendido.

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