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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

BRASIL É TERCEIRO EM RANKING DE PATROCÍNIO DE CAMISAS

CONSULTORIA APONTA CRESCIMENTO DO MERCADO COM PROXIMIDADE DA COPA E VOLTA DE ASTROS

Um estudo realizado pela consultoria Sport+Market coloca o Brasil como o terceiro maior mercado de patrocínio de camisas, atrás apenas do futebol inglês e alemão, que ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente.

A chegada de astros como Ronaldinho, Ronaldo, Deco e Roberto Carlos, e a proximidade da Copa do Mundo, que será realizada no país, podem fazer os valores pagos pelos anunciantes aos clubes para estamparem suas marcas nas camisas aumentar, segundo afirmou o sócio-diretor da Sport+Market, Cesar Gualdane.

- O próprio mercado brasileiro já é atrativo para os anunciantes com a volta de alguns jogadores que são estrelas internacionais, com a Copa, haverá maior exposição das marcas e estes são fatores que tornam as previsões mais otimistas.

Há três anos, o Brasil não aparecia sequer entre os cinco maiores, mas, em 2010, ultrapassou o mercado italiano e espanhol, que tem clubes famosos pelos altos investimentos em jogadores e altas receitas.

Apesar de o modelo de patrocínio das equipes brasileiras e européias serem diferente, isso não muda a classificação do Brasil no ranking, já que a consultoria avaliou o valor total arrecadado na temporada.

A singularidade do mercado brasileiro consiste em ‘lotear’ espaços na camisa, enquanto o futebol europeu preza pelo patrocínio único, no local nobre do uniforme. Para Gualdane, essa ‘poluição’ acaba por confundir o torcedor, mas é uma característica local que pode mudar com o tempo.

- [O modelo europeu] sempre tem melhor entrega, tem menos poluição. O fato de isso [o patrocínio] se diluir em outras marcas acaba fazendo confusão na mente do torcedor. Mas, é usado para criar visibilidade.

Para o diretor da consultoria, o mercado europeu é mais “consumidor” que o brasileiro, portanto, ter um anunciante por longo período e apenas no espaço nobre da camisa faz com que o torcedor crie uma identificação com a marca, diferente do Brasil, onde as empresas querem se tornar conhecidas, apenas.

No Brasil, o Corinthians lidera o ranking de arrecadação, com cerca de R$50 milhões, valor que o coloca como o quarto melhor do mundo, atrás de Manchester United e Liverpool (cerca de R$ 60 milhões) e Real Madrid (R$ 59 milhões), ao lado do Bayern de Munique e a frente do Chealsea (R$ 37 milhões).

De olho no dinheiro

A Confederação Brasileira de Futebol tem acompanhado o crescimento dos investimentos em publicidade. Em 2009, a CBF obteve uma arrecadação de mais de R$ 160 milhões, em 2010, a receita com a concessão do direito de imagem da entidade deve ficar acima dos R$ 200 milhões.

Diferente dos clubes, o patrocínio das seleções não pode ser colocado nas camisas, já que é proibido pela Fifa. No entanto, Gualdane diz que essa característica não torna o ‘produto seleção’ menos atrativo para o anunciante.

De olho nesse aumento de receita, a Federação Francesa de Futebol encerrou um casamento de 39 com a Adidas para assinar contrato com a Nike, mesma fornecedora de material esportivo da CBF. Por sete temporadas, a FFF vai receber R$ 720 milhões, pouco mais de R$ 100 milhões por ano.

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