Treinador diz que poderia ter se dado ao luxo de só assumir equipe depois de resolvida a situação na Libertadores. No entanto, preferiu assumir bronca
MURICY RAMALHO MANTÉM CONFIANÇA NO SEU TRABALHO
(Foto: Ricardo Saibun / Site Oficial do Santos)
O técnico Muricy Ramalho, do Santos, afirma ter chegado a um ponto de sua carreira que pode se dar ao luxo de fazer exigências e de escolher onde e sob quais condições quer trabalhar. No entanto, exatamente por ter status de técnico de ponta, ele prefere não fugir de missões complicadas. Assumiu o comando do Peixe num momento delicado, em que o time estava sob sério risco de ser eliminado na Taça Libertadores. A vitória sobre o Cerro Porteño-PAR, na última quinta-feira, em Assunção, por 2 a 1, redimiu a equipe, mas aumentou a maratona de decisões.
Tetracampeão brasileiro (2006, 2007 e 2008, pelo São Paulo, e 2010, pelo Fluminense), o treinador acredita que se pedisse à diretoria santista para assumir o comando do time só depois de passada a primeira fase da Libertadores teria conseguido um tempo maior de descanso e, assim, fugiria de pressão. No entanto, afirma que não seria justo com o Peixe.
- Cheguei num momento de minha vida em que posso escolher as coisas. Seria fácil assumir o Santos só depois dessa fase complicada. Mas achei necessária a minha presença imediatamente, pois percebi que o time estava ansioso. Assumi numa fogueira. Se empatássemos lá no Paraguai estaríamos fora. A pressão era grande, mas trata-se de uma questão de ter confiança e convicção no trabalho. E eu confio muito no meu trabalho - afirma o treinador.
Agora, o Peixe se prepara para uma sequência de decisões. Na próxima quarta-feira, precisa vencer o Deportivo Táchira-VEN, no Pacaembu, para avançar às oitavas de final da competição continental. Depois, no fim de semana, encara a Ponte pelas quartas de final do Paulistão, em jogo único. Se tudo der certo, a equipe da Vila Belmiro seguirá decidindo nas próximas semanas.
- São várias decisões seguidas, mas tenho de encarar. Se você é um técnico ruim, foge. Eu escolhi o Santos, mesmo nessa fase, porque aqui eu vi possibilidade de vencer. É disso que eu vivo - completou o treinador.
FONTE: www.noticiasdosantos.com.br
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