Antes mesmo de pisar no gramado para comandar o time pela segunda vez - em 1993 já havia sido técnico – Paulo Roberto Falcão recebeu o apoio da massa colorada. Foi na hora do anúncio do seu nome pelo sistema de som do Beira-Rio. Quando o locutor pronunciou “Paulooo Robertooo Faaalcãooo!”, a torcida foi ao delírio e gritou das arquibancadas o nome do novo treinador.
O relógio marcava 18h26 quando Falcão despontou na saída do túnel vestindo um blaser preto, camisa xadrez nas cores branca e vermelha, e calçando sapatênis vermelho com detalhes brancos, como se fora uma chuteira. Cercado por dezenas de repórteres, cinegrafistas e fotógrafos, o ídolo da década de 1970 acenou para os torcedores, que responderam: “Ôôô, o Falcão voltou!”.
Quando a bola rolou, o treinador permaneceu nos primeiros minutos com os braços cruzados na área técnica. Volta e meia recebeu, por meio de um rádiocomunicador, informações do auxiliar técnico Julinho Camargo, que assistia ao jogo das cabines do estádio. Aos 19min, chamou Andrezinho para passar orientações à beira do gramado.
A sua primeira grande alegria neste retorno ao comando técnico veio à tona aos 32min, com o gol marcado por Leandro Damião. No momento em que a bola entrou, o técnico vibrou muito.
Damião fez questão de correr até a casamata para dar um abraço em Falcão, que foi econômico nos gestos à beira do campo durante a maior parte do jogo. Foi uma figura serena, mas sempre atenta aos movimentos do time no gramado. Ao apito final do árbitro, o técnico pôde comemorar o seu primeiro triunfo: a vaga à semifinal da Taça Farroupilha.
“Foi um dia especial para mim, Para quatro dias de treinos, foi bom o rendimento. Estou feliz pelos jogadores. Estamos construíndo uma relação”, avaliou Falcão após a partida.
O vice-presidente de futebol Roberto Siegmann também aprovou a estreia do técnico: "Nossa defesa esteve muito bem postada. O Renan trabalhou muito pouco hoje. Na frente, criamos várias jogadas e não fizemos mais gols. Mas isso é um problema bom, que pode ser resolvido tranquilamente. Pior é não criar chances. Lamentamos pelo placar magro, mas o importante foi o desempenho do time e a classificação", disse.
FONTE: http://internacional.com.br/
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