A torcida do Corinthians está bastante desconfiada quando o assunto é a chegada de reforços estrangeiros ao clube. Apesar do fracasso nas últimas quatro aquisições, a diretoria resolveu apostar em um gringo novamente. Mas quem é Luis “Cachito” Ramírez? Desconhecido no Brasil, o jogador de 26 anos já rodou bastante e tem o que o técnico Tite precisa: experiência em Libertadores.
Cachito, que ganhou o apelido por ter o mesmo sobrenome de Oswaldo Ramírez, ídolo do futebol local, foi revelado nas categorias de base do Coronel Bolognesi-PER, clube que defendeu de 2003 a 2005. No ano seguinte, foi emprestado ao Cienciano-PER, mas retornou à equipe de origem em 2007 para ajudar na conquista do Torneio Clausura. Com a taça nas mãos, acabou comprado pelo Universitario, um dos quatro maiores clubes do país, ao lado do Sporting Cristal, Alianza Lima e Cienciano.
A partir disso, se tornaria um jogador freqüente nas disputas da Taça Libertadores. Emprestado ao Libertad-PAR em 2009, ajudou o clube a ficar invicto na liderança do Grupo 8, com quatro vitórias e dois empates. Entretanto, na fase seguinte, derrota para o Estudiantes-ARG, que mais tarde ficaria com a taça contra o Cruzeiro.
De volta ao Universitario em 2010, Ramírez teve pela frente mais uma Libertadores. E o clube não decepcionou: segundo lugar no Grupo 4, com duas vitórias e quatro empates. Nas oitavas, os peruanos quase eliminaram o São Paulo. Depois de dois empates sem gols, o Tricolor venceu nos pênaltis por 3 a 1. Cachito, que entrou no decorrer da partida, anotou o único gol nas cobranças.
Ramírez chega ao Corinthians como uma aposta. Não é um meia ofensivo como Bruno César, mas se destaca pela voluntariedade, fundamental para quem quer conquistar a “América”. Para tê-lo, o Corinthians não precisou gastar muito. Uma cláusula no contrato previa que ele seria liberado pelo Universitario caso recebesse uma oferta do exterior.
O jogador, de 26 anos, tem também experiência com a seleção de seu país. São 11 convocações até agora e dois gols marcados. Mas não terá vida fácil no Timão. Além de Bruno César, vai encarar como concorrentes os ex-renegados Morais e Éverton Ribeiro.
Mais que isso, terá de lutar contra a fama deixada pelos últimos estrangeiros que vestiram a camisa alvinegra. Os argentinos Defederico e Escudero e os paraguaios Bobadilla e Balbuena ainda causam calafrios na Fiel depois de passarem discretamente pelo Parque São Jorge.
Clubes e a imprensa tem mania de achar que se é gringo é bom, tudo devido a grandes craques que passaram pelo país no passado. De 10 jogares, 1 ou 2 acabam dando certo, resta saber em qual estatística este irá se enquadrar !!
ResponderExcluirBoteco da Villa