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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

NO SÃO PAULO, BRIGA COM DAGOBERTO É REFLEXO DO NOVO CARPEGIANI

TÉCNICO, QUE TAMBÉM JÁ FOI REPREENDIDO PELA DIRETORIA, TEVE SUA SEGUNDA DISCUSSÃO EM MENOS DE UMA SEMANA

A frase "quem manda sou eu", que Carpegiani proferiu quando questionado sobre o desentendimento que teve com Dagoberto na noite da última quinta-feira, foi um recado também para outros jogadores.

O treinador, que ano passado, à frente de apenas 11 partidas, foi mais light com seus atletas, em 2011 mudou seu comportamento. Carpegiani sabe que a cobrança interna e externa, por ter iniciado a temporada, será maior sobre ele. Por isso, não quer perder o comando.

Em menos de uma semana, foi a segunda discussão do técnico com jogadores. Em Cotia, no dia da apresentação de Rivaldo, durante o treinamento, ele chamou a atenção de Carlinhos Paraíba. O motivo foi semelhante ao de Dagoberto, que não cumpriu posicionamento exigido. Na oportunidade, sobrou também para Rodrigo Souto.

- Ele (Carpegiani) nos disse que, este ano, como está começando desde o início, então iria cobrar já no começo. Ele vai cobrar, o que é importante para estarmos bem nos jogos - confessou o camisa 18, na última segunda-feira, quando questionado sobre a bronca.

Mas não é só Carpegiani quem não quer deixar as coisas fugirem de controle. A diretoria segue na mesma linha. E, segundo apurou a reportagem do LANCENET!, o próprio treinador já sofreu com isso. Depois de afirmar que não conhecia Willian José, na época recém-contratado, Carpa foi repreendido pela cúpula. Na entrevista coletiva seguinte, fez questão de dizer que tudo não passou de um mal-entendido, e que o atacante estava na sua lista de reforços.

Willian foi indicado pelo auxiliar técnico Milton Cruz. Rivaldo foi ideia de Rogério Ceni, depois aprovado pela comissão e diretoria. Juan foi um bom negócio, já que não teve custos, então a diretoria o contratou. O próprio Rhodolfo, que trabalhou com Carpegiani ano passado no Atlético-PR, já era sonho antigo de Milton, que em outra oportunidade procurou o zagueiro e tentou uma troca por Sérgio Mota, além de uma compensação financeira. Não deu negócio, que agora saiu.

Carpegiani, mesmo com os recentes desentendimentos, segue firme no cargo. Ele sabe que, se fracassar, dificilmente vai ter outra oportunidade como a atual, em um clube de ponta. Por isso, não vai admitir indisciplinas no grupo.

A preferência do treinador é por garotos, pois considera mais fácil lidar com eles. A diretoria, desde o meio de 2010, está reformulando o elenco e primando pela base. Entre os reforços, jovens e jogadores que o treinador conhece como trabalha. Carpa, pelo desentendimento com Dagoberto, que não tem bom relacionamento também com dirigentes, e também pelo perfil linha dura, algo cobrado pela cúpula, sai fortalecido da briga, que se tornou pública.

Um comentário:

  1. O Futebol não carece de treinadores ditadores como muitos por aí, mas também não precisa de fanfarrões do tipo do Dagoberto. Telê Santana era rígido e sensato. Gostava de tudo certinho. Por isso foi o melhor de toda a história do futebol!

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